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Líder em letalidade policial, Bahia se torna ponto fraco para Lula na segurança pública

Sob comando do PT há 18 anos, a Bahia é líder em facções criminosas e violência policial, ampliando a pressão sobre o governo Lula.

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05 de novembro de 2025 às 14:40   - Atualizado às 14:50

Presidente participou de cortejo pelas ruas da capital baiana -

Presidente participou de cortejo pelas ruas da capital baiana - Foto: Ricardo Stuckert/PR

A violência policial na Bahia tem se tornado um tema central na política nacional e pode influenciar diretamente as eleições de 2026. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 mostram que o estado governado por Jerônimo Rodrigues (PT) lidera o ranking nacional de letalidade policial e ocupa a segunda posição em número de mortes violentas intencionais, atrás apenas do Amapá.

Em 2024, foram 1.556 mortes causadas por intervenções policiais, quase o dobro do registrado em São Paulo e no Rio de Janeiro. No total, a Bahia contabilizou mais de 6 mil mortes violentas no período, o que representa 25% de todas as ocorrências do tipo no estado. Mesmo com uma queda de 8% em relação a 2023, o número ainda é considerado alarmante por especialistas em segurança pública.

O quadro de violência policial na Bahia é agravado pela atuação de 21 facções criminosas, segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). As duas principais, o Comando Vermelho (CV) e o Bonde do Maluco (BDM), disputam território em Salvador e no interior, provocando uma escalada de confrontos armados e insegurança nas comunidades.

Governada pelo PT há 18 anos, Bahia tem 5 das 10 cidades mais violentas do país

Cinco cidades baianas como Jequié, Juazeiro, Camaçari, Simões Filho e Feira de Santana, estão entre as dez mais violentas do país, com índices superiores a 70 mortes por 100 mil habitantes. A taxa estadual de 40,6 mortes por 100 mil habitantes coloca a Bahia entre as regiões mais perigosas do Brasil.

O governo de Jerônimo Rodrigues reconhece a gravidade do problema, mas afirma que os indicadores vêm caindo gradualmente desde 2022. O foco, segundo a gestão estadual, é o enfrentamento diário do crime organizado e o fortalecimento de políticas de prevenção, inteligência e tecnologia. Ainda assim, organizações da sociedade civil cobram mais transparência, controle e responsabilização em casos de violência policial na Bahia.

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Politicamente, o tema se tornou um ponto sensível para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem na Bahia um de seus principais redutos eleitorais. Governadores da direita, como Ronaldo Caiado (União Brasil) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), já indicaram que usarão os altos índices de criminalidade e letalidade policial no estado como munição eleitoral contra o governo federal.

Para analistas, a violência policial na Bahia simboliza um desafio duplo: reduzir os índices de criminalidade sem ampliar a letalidade das forças de segurança. O equilíbrio entre repressão e direitos humanos será decisivo para o futuro político da região e poderá influenciar o desempenho de Lula e do Partido dos Trabalhadores no pleito de 2026.

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