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Governo Federal

Governo Lula vai tentar limitar efeitos no corte de R$ 15 BILHÕES do Orçamento sobre o PAC

Os ministérios com a principal fatia de recursos do Programa - Transportes e Cidades - já comprometeram a maior parte dos recursos previstos em 2024.

31 de julho de 2024 às 08:56   - Atualizado às 08:56

Presidente Lula.

Presidente Lula. Presidente Lula.

Os próximos sete dias serão de discussões intensas na Esplanada dos Ministérios, período em que as pastas do governo Lula terão de indicar quais ações irão congelar a fim de cumprir a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024.

O governo Lula vai divulgar o decreto que define o quanto de cada ministério precisará ser retido para cumprimento do arcabouço e da meta fiscal de 2024.

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O ato, contudo, só vai apresentar a divisão do bloqueio e do contingenciamento por órgão. Eles terão até 6 de agosto para indicar quais ações e programas serão afetados.

Apesar dessa liberdade dos ministérios, a ala política do governo que cuida das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), bandeira da gestão Lula, se prepara para tentar proteger o máximo possível do orçamento destinado à medida - inclusive de obras que ainda não foram contratadas, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

O espaço para congelar recursos ainda não empenhados dentro do PAC é relativamente pequeno. O empenho significa, na prática, que o Executivo federal está comprometendo aquela despesa no Orçamento - o que faz com que o dinheiro não seja cortado.

Dados levantados pelo Estadão/Broadcast no Painel do Orçamento Federal do Ministério do Planejamento nesta terça-feira, 30, mostram que, dos R$ 54,2 bilhões de dotação atual para o programa no ano, R$ 36,8 bilhões foram empenhados - o que corresponde a 68% do montante previsto.

Os ministérios com a principal fatia de recursos do PAC - Transportes e Cidades - já comprometeram a maior parte dos recursos previstos em 2024.

A ala responsável pelo PAC trabalha para que a restrição da contenção orçamentária às despesas ainda não empenhadas pelas pastas não penalize demais o programa. O entendimento é de que o corte geral não pode recair exclusivamente sobre o orçamento de obras não iniciadas, provocando um apagão forçado de novas contratações.

Em razão desse quadro de indefinição, qualquer estimativa de quanto do programa de obras será congelado é apontada como "chute" nos bastidores. As apostas, no entanto, já estão circulando. Há quem defenda que, dos R$ 15 bilhões, até um máximo de R$ 4,5 bilhões incida em ações do PAC.

Para isso, uma das ideias gestadas no Planalto é promover uma orientação para as pastas, impondo um limite do que pode ser afetado no PAC dentro da cifra que será congelada por cada ministério.

A partir dessa divisão, os ministros fariam suas indicações sobre quais ações serão impactadas, evitando que um órgão sugira penalizar integralmente o programa de obras na sua fatia do congelamento.

Diante desse quadro, a previsão é de que os próximos dias na Esplanada sejam de tratativas intensas entre os ministérios, a equipe econômica e a Casa Civil, que centraliza os comandos do PAC.

Dos R$ 14,4 bilhões que o Ministério dos Transportes tem dentro do programa de aceleração, somente R$ 2,5 bilhões ainda não foram empenhados neste ano. Portanto, 82,49% já estão comprometidos.

No caso das Cidades, responsável pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV), sobram R$ 3,9 bilhões de R$ 15 bilhões programados para o PAC em 2024. Já a Saúde, que tem a terceira maior parcela dos R$ 54,2 bilhões do PAC, empenhou menos, R$ 2,8 bilhões de R$ 7,8 bilhões separados para a política de investimentos.

A Defesa, que chegou a pedir ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para preservar seu orçamento, por outro lado, empenhou 90% (R$ 5 bilhões) de sua fatia no PAC.

As outras pastas que têm parcelas na casa dos bilhões - Educação, Ciência, Integração e Portos e Aeroportos - comprometeram 54%, 10%, 80% e 83%, respectivamente.

Como mostrou o Estadão, os ministérios do governo Lula empenharam R$ 8,8 bilhões em despesas não obrigatórias na última semana antes do congelamento.

Entre o dia 18 de julho e a última sexta-feira, 26, os ministérios aumentaram o ritmo de gastos de ações que ficam sob controle dos órgãos federais. A corrida incluiu um empenho recorde de R$ 3,4 bilhões em gastos no dia 19 - um dia depois do anúncio de Haddad, valor recorde para um único dia no ano.

Diferença entre bloqueio e contingenciamento

No contingenciamento, o governo congela despesas quando há frustração de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida). Para este ano e para 2025, a meta é de zerar o déficit das contas públicas.

Como a meta tem uma banda (intervalo de tolerância) de 0,25 ponto porcentual do PIB para cima e para baixo, o governo cumpre a meta desde que não extrapole o piso da banda - ou seja, um déficit de R$ 28,8 bilhões.

Já o bloqueio é realizado para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal - de 2,5% ao ano acima da inflação. Assim, quando há aumento de gastos obrigatórios (como aposentarias, por exemplo), o governo bloqueia despesas não obrigatórias (como custeio e investimentos) para compensar.

Estadão Conteúdo

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