ESTADÃO diz que Dirigente do PT opera BANCO FALSO e faz reuniões FORA DA AGENDA do governo Lula

Fernando Nascimento Silva Neto, ex-assistente de José Dirceu (PT) e com 40 anos de idade, foi procurador do ex-ministro por cinco anos e atualmente se identifica como proprietário do Atualbank. As informações são do Estadão

Segundo a matéria do jornal, além de acumular negócios, ele é ativo no PT, partido ao qual está filiado desde 2024, ocupando cargos de liderança em Brasília, sendo ex-integrante do diretório do DF e tendo participado do processo eleitoral nacional do partido em 2019.

Reportagem também indica que Fernando Neto transita livremente pelo Palácio do Planalto, Esplanada e Congresso, onde realiza lobby e oferece serviços em reuniões que não constam em agendas oficiais.

Entre no nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias do Portal de Prefeitura no seu celular

O Atualbank alega ter como garantia de seu capital social um título do Tesouro Nacional avaliado em R$ 8 bilhões, contudo, essa garantia foi desmentida pelo Tesouro Nacional.

Documentos do Banco Central indicam que o banco de Fernando Neto nunca foi autorizado pela instituição reguladora. O Tesouro Nacional enfatiza que tal uso deve ser investigado pela Polícia Federal.

Leia Também

Eleições 2026

PT planeja candidatura de José Dirceu à Câmara Federal

Decisão

Zé Dirceu é absolvido de lavagem de R$ 2,4 MI de empreiteiras

A fundação e operação do Atualbank parecem ser irregulares, envolvendo a utilização de 'laranjas'. Oficialmente, Cristiano dos Santos Cordeiro Velasco, um técnico de instalação de ar-condicionado, aparecia como ex-proprietário.

Velasco admitiu que emprestou seu nome para um grupo com promessa de receber uma quantia em dinheiro, mas após não receber os pagamentos prometidos, ele suspeitou de fraude e solicitou a dissociação de seu nome da empresa.

Investigações do jornal Estadão sugerem que Walter Dias Magalhães Junior, condenado por estelionato em Mato Grosso e investigado por outros delitos, está por trás das operações do Atualbank, utilizando o pseudônimo Walter Tiburtino e figurando como "conselheiro administrativo" no site do banco.

Fernando Neto, que se apresenta como CEO, não esclareceu o envolvimento de Walter Junior no Atualbank e tentou diminuir a importância do uso de um título falso do Tesouro Nacional pela empresa.

Walter Junior, representado pelo advogado Guilherme do Amaral Pereira, nega ser o verdadeiro proprietário do Atualbank e afirma que apenas "gerenciou a empresa apenas por um lapso temporal".

Em nota, a assessoria de José Dirceu informou que o ex-ministro rompeu com Fernando Neto em 2023.