06 de novembro de 2024 às 11:40 - Atualizado às 11:40
Lula e Trump. Foto: Divulgação
Durante uma transmissão ao vivo pelo canal Brasil Paralelo, o jornalista Leandro Ruschel trouxe à tona declarações passadas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas quais ele comparou o presidente recém-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ao nazismo.
A lembrança gerou uma discussão sobre o impacto que essas declarações poderiam ter nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, principalmente considerando o retorno de Trump à Presidência.
Na última sexta-feira, 1º de novembro, Lula afirmou que a vitória da vice-presidente Kamala é era a "opção mais segura para o fortalecimento da democracia nos EUA". O petista associou o ex-presidente Trump aos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2020. O ex-presidente virou alvo de investigações criminais relacionadas ao episódio.
"A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia nos EUA", afirmou Lula, em entrevista ao canal de TV francês TF1. "Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como um modelo de democracia. Esse modelo ruiu."
O petista é aliado do atual presidente Joe Biden, também democrata. Em tom similar ao adotado para defender o voto em Kamala, Lula já havia manifestado apoio público a Biden, antes de sua desistência da disputa. O petista argumentou que Biden deveria ser partícipe da decisão sobre sua substituição pela vice, enquanto aumentavam questionamentos sobre a capacidade física e mental do presidente americano de concorrer e se reeleger.
Na ocasião, Lula também associou Trump a episódios de violência e de intolerância política. Lula disse que o ódio e a mentira estão sendo espalhados não só nos Estados Unidos, mas na América Latina e na Europa. "É o nazismo e o fascismo voltando a funcionar com outra cara", afirmou.
Trump é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Integrantes do bolsonarismo acham que a vitória de Trump poderia contagiar eleitores no País para novo enfrentamento com Lula, em 2026.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump derrotou nas urnas a vice-presidente do país, Kamala Harris, e voltará à Casa Branca em 2025, projetou a Associated Press (AP) na manhã desta quarta-feira, 6 de novembro. A Fox News já havia projetado o triunfo do republicano mais cedo, mas a Associated Press optou por aguardar a contabilização de um novo lote de voto em Estados cruciais.
O resultado marca a primeira vez que um presidente americano obtém dois mandatos não consecutivos desde o final do século 19. Em 2020, Trump foi derrotado pelo atual presidente, Joe Biden, após uma gestão que terminou marcada pela pandemia de covid-19. O republicano ainda se tornou o primeiro mandatário norte-americano alvo de dois processos de impeachment - por abuso de poder e obstrução do Congresso em 2019 e pela tentativa de invasão do Capitólio em 2021.
Longe de Washington D.C., Trump surfou na crescente impopularidade do sucessor para se cacifar como o favorito para voltar a representar o Partido Republicano nas eleições presidenciais. A economia dos Estados Unidos registrou forte crescimento econômico durante a gestão de Biden, mas a escalada da inflação pesou no bolso do eleitor e degradou a imagem pública do democrata.
O cenário ajudou a manter Trump na dianteira da corrida pela Casa Branca. O ex-presidente teve poucas dificuldades para superar outros republicanos que tentaram buscar a nomeação do partido, entre eles o governador da Flórida, Ron DeSantis, e a ex-embaixadora na Organização das Nações Unidas (ONU) Nikki Haley.
Na campanha, Trump logo consolidou o favoritismo contra Biden, principalmente após o debate em que o democrata teve um desempenho considerado ruim até por aliados, em junho. Semanas depois, o republicano foi alvo de uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia. O ex-presidente foi baleado na orelha, mas se levantou e jogou o punho para o ar, em uma imagem que circulou nas redes sociais e foi amplamente celebrada pelos apoiadores. Em setembro, Trump ainda seria alvo de uma segundo atentado.
Com a saída de Biden da disputa, Harris chegou a assumir a dianteira nas pesquisas de intenção de voto, sobretudo após o debate em que foi considerada vencedora, em setembro. Na reta final, contudo, as sondagens apontaram o acirramento da disputa
Aos 78 anos, Trump será a pessoa mais velha a assumir a presidência dos Estados Unidos. Nascido no Queen's, em Nova York, o empresário fez carreira no mercado imobiliário, como herdeiro do desenvolvedor Fred Trump. É casado com Melania Trump, com quem teve um filho. Também tem outros quatro filhos adultos de dois casamentos anteriores.
Trump será o primeiro presidente dos Estados Unidos a ter sido condenado criminalmente, pois foi considerado culpado por um Tribunal de Nova York, em maio, de 34 acusações relacionadas a pagamentos feitos para uma ex-atriz pornô se silenciar sobre o caso que tiveram.
Com informações do Estadão Conteúdo
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Apesar das especulações sobre saída do PRTB, o empresário declarou que ainda não tomou uma decisão definitiva.
Edmundo González, que vive exilado na Espanha desde setembro, declarou que assumirá a Presidência no dia 10 de janeiro de 2025, data prevista para a posse.
O levantamento foi realizado pelo instituto Paraná Pesquisa, feito entre os dias 21 e 25 de novembro de 2024.
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