O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara recebeu na noite da segunda-feira, 22 de abril, um pedido de cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

O Partido Novo, autor da representação, alega que o parlamentar infringiu o decoro parlamentar no dia 16 de abril, ao expulsar das dependências da Câmara, aos chutes, um membro do Movimento Brasil Livre (MBL).

O deputado do PSOL, em resposta, nega as alegações da representação e diz que a iniciativa visa “constrangê-lo”.

O pedido será apreciado pelo Conselho de Ética na próxima sessão do colegiado, prevista para esta quarta-feira, 24.

Caberá ao órgão o sorteio da lista tríplice de possíveis relatores para o pedido de cassação. Após o sorteio dos três nomes, a designação do relator caberá ao presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

Embate entre Glauber Braga e Gabriel Costenaro

Em 16 de abril, Gabriel Costenaro, influenciador ligado ao MBL, foi expulso dos corredores da Câmara aos chutes por Glauber Braga. A discussão entre o deputado e o militante persistiu por aproximadamente dois minutos.

Durante o embate, o parlamentar acusou Costenaro de violência doméstica contra uma ex-parceira. O confronto atingiu o ápice quando Costenaro fez insinuações sobre a mãe de Braga, que está doente. O parlamentar do PSOL empurrou Costenaro até a saída da Câmara e o agrediu com chutes.

Braga afirmou que Costenaro provocava membros do PSOL de forma recorrente e disse que “não se arrependia” da agressão.

A confusão terminou no Departamento de Polícia Legislativa (Depol). Depois de agredir o membro do MBL, Braga também discutiu com deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), cofundador do MBL.

Kataguiri dirigiu-se à Depol para apoiar seu colega do MBL e acabou se envolvendo em um tumulto com Glauber Braga. Os policiais legislativos evitaram um embate físico entre os parlamentares. Após o conflito, Kataguiri acusou Braga de agressão no X.

Estadão Conteúdo