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A disputa pelo Senado ainda está aberta

18 de janeiro de 2019 às 22:40

[caption id="attachment_8354" align="aligncenter" width="300"] Renan Calheiros é favorito[/caption] Renan Calheiros(MDB), é um verdadeiro animal político. Já tendo comandado o Senado Federal por 4 mandatos, tenta retornar para a quinta vez presidindo a Casa e se colocando na linha sucessória da Presidência da República. Dispondo de um irmão deputado federal eleito e de um filho governador das Alagoas, o poder de fogo de Renan parece não acabar nem com incontáveis casos emblemáticos. Por exemplo, diante de decisão de um dos ministros do STF pedindo sua cassação e imediata saída da Presidência do Senado, ainda em 2016, o senador simplesmente resolveu “não aceitar” o documento e terminou o mandato na Mesa Diretora. Desde o término das eleições de outubro, donde o atual presidente Eunício Oliveira(MDB) não conseguiu se sagrar vencedor, Renan tem peregrinado em busca de votos para ser eleito entre seus pares. Com o recente racha entre ele e o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia(DEM), em se confirmando uma união de MDB e PP com o bloco das esquerdas, composto por PDT, PCdoB e PT, Renan contabilizaria 38 votos. Do outro lado, em oposição completa a Renan, correm os senadores Tasso Jereissati(PSDB), Álvaro Dias(PODE) e Major Olímpio(PSL). Este último sofre uma certa resistência na Casa porque tenderia a privilegiar o Presidente da República e os senadores preferem alguém que dê andamento aos trabalhos legislativos, mas que beneficie os interesses das bancadas também. Do grupo governista, donde emergiu, recentemente, também o nome de Fernando Collor(PROS), há 24 votos. Tasso reúne 8 e Álvaro, 4. Se houver composição nos nomes contra Renan e com a simpatia de Bolsonaro, Renan vence por 38 a 35. O problema é o voto indeciso de 8 senadores que pode decidir a jogada num xeque-mate. De fato, em se realizando a votação secreta, Renan leva vantagem no processo. Mas será que isso é suficiente? Conseguirá Renan Calheiros novamente se tornar um dos homens mais poderosos do Brasil no cargo de Presidente do Senado? Desnecessário – Está repercutindo muito mal a suspensão das investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro contra Fabrício Queiroz. Mesmo que por falta de competência, a exposição tem arranhado a confiança da família Bolsonaro perante a opinião pública, como têm sugerido diversos levantamentos. Os filhos têm que entender que o pai é vitrine e as pedras que eles lançarem vão atingir o patriarca. Desgaste – Alguns governos estaduais são verdadeiras usinas de destruição de lideranças pelo estado fiscal em que se encontram. Governadores bem avaliados rapidamente caem em aprovação. Passadas as eleições, o eleitorado quer as contas em dia não importa quem tenha se sagrado vencedor e passa a culpar o gestor em exercício. É o caso de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Espírito Santo. Prova de fogo – O NOVO conseguiu eleger o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Estreante comparado a outras legendas, o partido nanico saltou para um patamar mediano e pode ainda crescer muito mais. Recusando o fundo partidário, o presidenciável do NOVO, João Amoêdo, conseguiu ficar à frente de Marina Silva(REDE) e ficou perto de Geraldo Alckmin(PSDB), quatro vezes governador de São Paulo e na segunda disputa a presidente. Se fizer um trabalho de qualidade à frente do governo de Minas, o NOVO pode cair de vez no gosto popular. Se fizer um mau trabalho, o partido acaba como está. Ciro mudou – O ex-candidato a Presidente da República Ciro Gomes(PDT) regulou o discurso para atrair mais eleitores de centro-direita e direita. Ciro aposta no desgaste do presidente Bolsonaro e pretende desde já ganhar capital político no eleitorado pensando em 2022. Será que funciona?

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