No Rio Grande do Sul, que está passando por enchentes devido às fortes chuvas que ocorrem há dias no estado, criminosos se aproveitam da situação para atacar barcos de resgate. Os ataques são destinados a pessoas que estão ajudando nos resgates das vítimas das inundações. Dessa forma, após os socorristas se apróximarem, os bandidos os jogam na água.

Bandidos estão aproveitando as enchentes para perpetrar uma série de crimes, incluindo saques a lojas e depósitos, além de ameaçar voluntários e socorristas que estão auxiliando nas operações de resgate e assistência às vítimas.

De acordo com relatos da BBC News, muitos voluntários que prestam assistência em Canoas decidiram interromper suas atividades durante a noite, devido aos riscos envolvidos. Dos 30 barcos operados por civis no último sábado, 5 de maio, apenas 20 retomaram suas operações no município, conforme informações da Brigada Militar.

Eduardo Leite decreta estado de calamidade pública no rio grande do sul

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública após mais de 100 municípios gaúchos terem sido afetados pelas chuvas intensas.

A decisão foi publicada na noite de quarta-feira de feriado, 1º, em uma edição extraordinária do Diário Oficial do Estado.

A medida ressalta a severidade dos impactos das chuvas, inundações, granizo, alagamentos, enxurradas e vendavais no Estado, sendo categorizados como desastres de Nível III, classificados por danos e prejuízos substanciais. O decreto permanecerá em vigor por 180 dias.

O decreto assinado por Eduardo Leite estabelece que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem prestar apoio imediato às áreas afetadas, em colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Além disso, o texto prevê a possibilidade de os municípios afetados pedirem auxílio semelhante, cujas solicitações serão avaliadas e homologadas pelo Estado, na tentativa de dar resposta mais ágil e coordenada diante da emergência.

Estadão Conteúdo