02 de maio de 2024 às 12:45 - Atualizado às 12:47
Pastor Jonas Felício Pimentel. Pastor Jonas Felício Pimentel.
Após a controvérsia decorrente de um discurso proferido durante uma cerimônia religiosa, no qual atribui responsabilidade às crianças vítimas de abuso sexual, o líder da congregação evangélica Tabernáculo da Fé de Goiânia, pastor Jonas Felício Pimentel, emitiu, na noite desta quarta-feira, 1° de maio, um comunicado abordando suas afirmações.
Através de uma "comunicação pública", assinada pelo advogado Leandro Silva, o líder religioso reiterou que cabe aos pais "manter seus filhos sob vigilância constante, apenas perdendo contato visual com eles quando circunstâncias absolutamente imperativas assim o exigirem".
Além disso, no pronunciamento, ele reiterou a opinião de que os pais não devem enviar seus filhos para residências de parentes ou amigos como medida preventiva contra possíveis crimes.
Um pastor evangélico goiano de 39 anos no Tocantins foi condenado no dia 25 de abril a passar nove anos, três meses e 29 dias preso, após uma sentença do juiz José Eustáquio de Melo Junior, em atuação na 2ª Vara da Comarca de Cristalândia. A decisão condena o líder religioso por estupro de vulnerável.
Antes de tudo, laudos psicológico e de avaliação do serviço social concluíram pela ocorrência da violência sexual e psicológica, cometidas entre 2016 e 2017 pelo religioso, que instalou uma igreja evangélica em frente à residência da criança.
Sobretudo, trecho do laudo psicológico citado na sentença pelo juiz, afirma que o discurso da vítima e da mãe, apontam “um cenário compatível” com caso de violência sexual.
“Aproveitando-se da proximidade com a família da vítima, por diversas vezes, acariciou o órgão genital do adolescente, ofendendo sua dignidade sexual reiteradamente”, afirma a denúncia, no trecho usado na sentença.
Durante o processo, a vítima teve o depoimento especial coletado pelo GGEM – Grupo Gestor Multidisciplinar – no qual ela confirmou os abusos e afirmou que teriam sido cometidos na casa pastoral da igreja.
Interrogado pelo juiz em audiência, o pastor negou ter praticado atos libidinosos com a criança e que jamais esteve sozinho com ela.
Ele atribuiu a denúncia ao ciúme e interesse que a mãe da vítima teria nele, pastor, como motivo para induzir o filho a mentir.
Além da vítima e do acusado, o juiz ouviu sete testemunhas de defesa e de acusação e concluiu que a prova do crime é suficiente para atribuir os fatos ao réu, por se tratar de prova “coesa, robusta e imune à mínima dúvida acerca da materialidade do crime”.
A princípio, a pena será cumprida em regime fechado quando esgotar todos os recursos disponíveis para o réu tentar a absolvição.
O juiz concedeu ao réu o direito de entrar com esses recursos em liberdade. Para José Eustáquio de Melo Junior, não há informações de que o acusado tenha praticado novos crimes, um dos requisitos para que seja decretada a prisão preventiva de alguém.
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Os fiéis relatam que a estrutura foi destruída sem qualquer aviso prévio, e a situação já havia gerado tensões com a liderança da igreja há algum tempo.
Após ser vítima de abuso aos 6 anos, Erin começou a se identificar como menino para enfrentar o trauma, até descobrir sua verdadeira identidade em Deus.
De acordo com a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como latrocínio, e o carro da vítima já foi localizado.
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