16 de janeiro de 2025 às 10:30 - Atualizado às 10:57
Papa Francisco Foto: Reprodução
Na manhã desta quinta-feira, 16 de janeiro, o Papa Francisco machucou o antebraço direito após uma queda em sua residência, mas não sofreu nenhuma fratura, disse o Vaticano.
“Esta manhã, devido a uma queda na casa de Santa Marta, o Papa Francisco sofreu uma contusão no antebraço direito, sem fraturas. O braço foi imobilizado como medida de precaução”, informou um comunicado.
O pontífice, que lidera a Igreja Católica de 1,4 bilhão de membros desde 2013, fez 88 anos em dezembro e frequentemente usa uma bengala ou uma cadeira de rodas para se locomover devido a dores no joelho e nas costas.
No dia 17 de dezembro, um trecho da nova autobiografia do Papa Francisco que foi publicado pelo jornal italiano Corriere della Sera. Nele, o pontífice revela ter escapado de uma tentativa de assassinato durante sua visita ao Iraque, em 2021. O lançamento do livro marca a celebração dos 88 anos de vida do Papa.
Segundo o Papa, ele foi aconselhado "por quase todos" a não viajar para o Iraque, tanto devido ao avanço da Covid-19 na região quanto pelos elevados riscos de segurança, especialmente em Mosul, cidade devastada pelas ações do Estado Islâmico.
“Mas eu queria ir em frente. Sentia que tinha de fazê-lo. Eu disse que sentia a necessidade de visitar nosso avô Abraão, o ancestral comum de judeus, cristãos e muçulmanos”, escreveu o pontífice.
Francisco relatou que, assim que chegou a Bagdá, foi avisado pelo departamento de segurança do Vaticano de que os serviços secretos britânicos e a polícia iraquiana haviam identificado uma mulher "carregada de explosivos" — que ele descreveu como "uma jovem kamikaze" — a caminho de Mosul, com o objetivo de se detonar durante a visita papal. Além dela, uma van transportava explosivos com a mesma intenção, conforme informou.
Na mesma publicação, o papa revelou que depois questionou à segurança do Vaticano o que havia acontecido com os homens-bomba.
“O comandante respondeu laconicamente: ‘Eles não estão mais aqui’.A polícia iraquiana os interceptou e os fez explodir. Isso também me atingiu: até mesmo este é o fruto venenoso da guerra.”, escreveu o Papa.
Na ocasião, aproximadamente 10 mil policiais iraquianos foram mobilizados para garantir a segurança do Papa, e toques de recolher foram estabelecidos para conter a disseminação da Covid-19. Durante sua visita, Francisco percorreu seis cidades iraquianas em um período de três dias. Desde que assumiu o papado em 2013, o Papa Francisco realizou mais de 40 viagens internacionais.
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