Uma mulher vítima de estupro relatou ter sido obrigada a ouvir o coração do feto ao tentar realizar um aborto em um hospital de São Paulo. Em entrevista à Globonews, ela afirmou que o incidente ocorreu no Hospital Municipal Tide Setubal, localizado em São Miguel Paulista, na zona leste da cidade.

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A equipe da unidade ainda teria tentado convencê-la a não realizar o aborto, durante o atendimento.

Apesar da legislação federal permitir que mulheres interrompam a gestação em casos de violência sexual, uma mulher enfrentou dificuldades ao tentar realizar o procedimento em três hospitais na capital paulista. Ela só conseguiu realizar o aborto em outro estado após a intervenção da Defensoria Pública de São Paulo.

O Hospital Tide Setubal foi o terceiro hospital que ela buscou antes de recorrer a outro estado para realizar o procedimento.

Antes disso, ela procurou ajuda no Hospital da Mulher, que é de responsabilidade do governo estadual, e no Hospital Municipal Campo Limpo.

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Essas unidades se recusaram a realizar o procedimento, alegando que a gestação estava em estágio avançado. A vítima do estupro só descobriu sua gravidez na 24ª semana.

PL do Aborto

Um projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados quer equiparar o aborto ao crime de homicídio nos casos em que o procedimento é feito a partir da 22ª semana de gravidez.

Com isso, mulheres que foram estupradas e queiram interromper a gestação podem ter uma pena maior que a dos seus agressores.

A pena para alguém condenado por homicídio varia de seis a 20 anos de prisão. Para os estupradores, a pena é de seis a dez anos.

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