Na terça-feira, 23 de abril, um recém-nascido com o cordão umbilical ainda intacto foi descoberto sem vida no banheiro de uma casa em Santo Amaro, no Centro do Recife. O bebê estava dentro de um balde, conforme relatado pelo conselheiro tutelar Thalles Pitter.

A Polícia Civil emitiu uma nota confirmando que o óbito foi registrado por uma equipe de Força-Tarefa de Homicídios na Capital e que estão investigando o caso como “morte a esclarecer”.

As investigações continuam em andamento até que sejam esclarecidas as circunstâncias do caso. A descoberta do corpo do bebê foi possível graças a uma denúncia sobre um mau cheiro vindo da residência.

“Chegou uma ligação no Conselho [Tutelar] de uma pessoa que disse que estava dentro de uma casa com mau-cheiro e que, possivelmente, tinha acontecido alguma coisa. Quando cheguei, o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] tinha acabado de levar a genitora da criança e tinha um recém-nascido dentro de casa. Desde quinta-feira que ela não era vista e começou a exalar um mau-cheiro. Os vizinhos perguntavam e ela desconversava, aí começaram a desconfiar”, contou Thalles Pitter ao G1.

Sem nome e idade não foram divulgados, a mulher foi conduzida a uma unidade de saúde situada no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife.

“Ela saiu em estado grave. Ela foi levada para a [Policlínica e Maternidade] Barros Lima, mas foi transferida para outro hospital. A criança estava num balde, aguardando o IML. O pessoal do IML recolheu o corpo e fizeram a perÍcia no local. A gente vai informar o Judiciário para ver o sepultamento, porque essa criança não tem registro de nascimento”, revelou o conselheiro tutelar.

“A perícia que vai dizer se foi aborto espontâneo, provocado, ou se a criança morreu depois de nascer. Mas se sabe que, o que quer que tenha acontecido, aconteceu dentro da casa, porque tinha resto de parto e cordão umbilical na casa”, afirmou Thalles Pitter.

Segundo o conselheiro tutelar ao G1, esta mulher que recebeu assistência médica já teve denúncias registradas na polícia por cometer maus-tratos e violência patrimonial.

“Lembrei de uma história que aconteceu anos atrás com essa mãe. Ela é filha adotiva de uma senhora, e eu recebi uma denúncia de que ela maltratava essa senhora, que foi encontrada toda defecada, sem comida. Ela disse que tinha saído e deixado a senhora sozinha no carnaval, sem alimento. Chamei a policia, que resgatou e a senhora e a família foi na Delegacia do Idoso”, contou o conselheiro.

Da Redação com informações do G1

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