A força tarefa integrada pelo Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais, que investiga crimes cibernéticos praticados contra deputadas estaduais daquele estado, executou nesta terça-feira (7) mandados de busca e apreensão e prisão na cidade de Olinda, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Foram apreendidos equipamentos eletrônicos e evidências de outros delitos. A investigação segue sob sigilo.

O investigado é um jovem de apenas 18 anos. Além de ameaçar estuprar e matar as parlamentares mineiras, o cibercriminoso liderava grupos de chans na deep web e praticava outros crimes, a exemplo do induzimento de vulneráveis à automutilações, prática do compartilhamento de nudes, necrofilia e pornografia infantil. Usando técnicas de engenharia social, o jovem passava a exercer o controle sobre as vítimas vulneráveis mediante ameaças.

O coordenador do GAECO, Promotor de Justiça Roberto Brayner, ressaltou a qualidade da investigação realizada pela força tarefa mineira e o trabalho eficiente e rápido dos promotores de Justiça e juízes de Pernambuco durante o plantão no final de semana e audiência de custódia, o que possibilitou o imediato recambiamento do preso para Minas Gerais.

“É muito importante o controle do uso das redes sociais por crianças e adolescentes. Também é fundamental o olhar atento dos responsáveis para qualquer mudança de comportamento dos seus filhos. A internet foi um avanço enorme em termos de comunicação, mas o perigo também cresceu”, alertou Brayner. “Neste cenário atual, torna-se necessário o acompanhamento e a supervisão, pelos pais e responsáveis, do uso da internet por crianças e adolescentes, que são especialmente vulneráveis”, reforçou a Promotora de Justiça Aline Arroxelas, Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude (CAO IJ).

Em Pernambuco há uma Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos de Pernambuco, localizada na Rua Gervásio Pires, Nº 863, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Havendo indício de crime organizado, o GAECO do MPPE também poderá investigar.

Ministério Público de Pernambuco