A advogada Carla Correia, de 42 anos, denuncia que foi presa enquanto filmava suposta ação truculenta da polícia militar de Pernambuco.

Ela diz ter sido coagida a não gravar a ação policial, algemada e levada à delegacia. O caso aconteceu em um posto de gasolina, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes.

No vídeo, é possível ouvir os policiais questionando o que ela estaria filmando e a mesma diz está filmando pois é advogada.

O policial volta a questionar a ação da mulher e pergunta se a mesma iria como testemunha. Ela diz que sim.

Confira o vídeo abaixo:

Desse modo, vale ressaltar que não é proibido gravar ação policial. Conforme que são agentes públicos e é de direito da sociedade acompanhar.

A advogada foi levada à delegacia, que fica localizada no bairro de prazeres, em Jaboatão e foi autuada em cinco crimes: ameaça, desacato, desobediência, resistência e lesão corporal.

Durante a madrugada, ela passou mal, sendo levada a uma unidade de pronto atendimento e retornando novamente para a delegacia. Na manhã quinta-feira, 2 de maio, ela foi levada ao fórum do Jaboatão dos guararapes, onde passou pela audiência de custódia. A advogada apresenta hematomas.

Em nota ao Portal de Prefeitura, a Polícia Militar informou que a mulher apresentava sinais de embriaguez e que foi solicitado que a mesma se afasta-se. Confira abaixo nota completa:

NOTA DA POLÍCIA MILITAR

A Polícia Militar informa, através do 6º BPM, que uma viatura foi ao Posto Ipiranga, da Avenida Ayrton Senna da Silva, em Piedade e, ao chegar local, presenciou uma abordagem de rotina do GATI do Batalhão, quando uma mulher, apresentando sinais de embriaguez, começou a filmar o procedimento. Ao ser solicitada para se afastar, ela começou a gritar palavras de baixo calão contra o efetivo e dizendo que nada poderiam fazer contra ela por ser parente de uma juíza. Uma cabo integrante da equipe tentou afastá-la e tomou uma cabeçada. Os próprios amigos da agressora ajudaram os policiais a controlá-la. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Prazeres, onde foi registrada a prisão em flagrante delito por desacato, desobediência, ameaça e lesão corporal.