Pernambuco supera a marca de 1.200 assassinatos em 2024 e continua elevando os registros de mortes violentas intencionais (MVI), segundo dados preliminares.

As informações com todos os detalhes referente aos crimes no mês de abril só serão oficializadas pela SDS nos primeiros dias de maio, mas, levantamento aponta a crescente onda de homicídios no Estado.

Trimestre 2024

No primeiro trimestre de 2024 quase mil assassinatos foram confirmados em Pernambuco, segundo balanço da Secretaria de Defesa Social (SDS). Foram exatos 989 homicídios o que revela uma média diária de 10,98.

Estado voltou a registrar alta na violência no terceiro mês deste ano ao somar 324 homicídios. O aumento chega a 6,57% na comparação com março do ano anterior, quando 304 pessoas foram assassinadas.

A marca de 324 homicídios se deu da seguinte forma: 80 na capital, 88 na Região Metropolitana e 156 no interior.

O Recife que registrou 80 assassinatos em março, expõe situação delicada quanto as demais áreas e regiões de Pernambuco. Em relação ao mesmo período do ano de 2023, a alta é de 73,9%, quando 46 pessoas foram mortas.

Violência em Pernambuco

Os dados do Monitor da Violência revela o cenário violento que Pernambuco ocupa nos últimos anos. O estado foi o segundo que mais registrou assassinatos por 100 mil habitantes em 2023 no Brasil e o primeiro na região Nordeste.

Além disso, Pernambuco ficou no segundo lugar entre os únicos cinco estados que alta por Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI).

Juntos, o Amapá, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão, Pernambuco são os únicos cinco estados do Brasil que tiveram aumento no número de assassinatos.

Pernambuco teve 183 mortes a mais em 2023 em relação a 2022 (28% das mortes a mais no grupo que teve alta). O estado, que abriga menos de 5% da população brasileira, respondeu por 9% das mortes violentas ocorridas em todo o país em 2023.

Os dados fazem parte da edição final do levantamento periódico de assassinatos feito pelo Monitor da Violência, uma parceria entre o g1, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da violência da USP.