QUEDA DE AVIÃO: Documento indica que aeronave precisava de manutenção

Um documento indica uma lista de 21 itens e equipamentos que estavam precisando de manutenção no avião da VoePass, que caiu em vinhedo no último dia 9 de agosto, que resultou em 62 vítimas fatais. Segundo investigadores da Aeronáutica, nenhuma das indicações impediriam o ATR-72 de decolar.

Entre os itens estavam: falta de cortinas em janelas, cintos de segurança sem presilhas, bancos quebrados.

Sobre os problemas no sistema anti-gelo registrados em julho de 2023, a empresa informou que eles foram sanados e que não falou antes pois contrariou a recomendação dos mecânicos.

Histórico

No ano passado, em julho, esse mesmo avião apresentou pane no sistema anti-gelo por no mínimo três dias, sendo apontado como uma das possíveis causas do acidente. Em registro haviam orientações dos mecânicos que a aeronave fosse evitada de ser enviada para o Sul, pois apresentava "restrições de gelo". No mesmo dia, o avião seguiu para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Sobre os problemas no sistema anti-gelo registrados em julho de 2023, a empresa informou que eles foram sanados. A companhia não comentou por que, naquela época, contrariando a recomendação dos mecânicos, o avião seguiu para o Sul.

Uma investigação busca saber se as panes não ditas pela Voepass ou as que possam ter surgido durante o voo, foram também as causas para o acidentes.

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Segundo a Voepass, todos os sistemas estavam funcionando normal, e que jamais enviavam aviões sem disse que, durante a operação do voo que caiu em Vinhedo, todos os sistemas estavam funcionando e que, em nenhuma hipótese, os aviões decolam sem estar em estrita conformidade com o que estipula a regulamentação.

Posição dos corpos

O diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) de São Paulo, Maurício Freire, declarou que a posição que maior partes dos corpos foram encontrados no acidente aéreo de Vinhedo, indica que as vítimas foram avisadas que avião estava caindo. A informação foi dada em uma coletiva de imprensa, na quinta-feira, 15 de agosto.

"Grande parte das vítimas encontradas estava com as mãos preservadas. Eu não sei se houve um comando da tripulação de que estavam em emergência ou se as pessoas perceberam, com essa queda acentuada, mas muitos corpos estavam naquela posição [de "brace"], o que não aconteceu na TAM. [Naquele caso,] eles estavam na posição normal, quando a aeronave entrou no prédio", afirmou Mauricio Freire.