17 de abril de 2018 às 23:47
PIB crescimento PIB crescimento
Os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central baixaram a previsão para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. Esses economistas, de mais de 100 instituições financeiras, foram ouvidos pelo BC na semana passada. O resultado dessa pesquisa foi divulgado nesta segunda-feira (9) dentro do relatório de mercado, também conhecido como "Focus". O relatório é disponibilizado pelo Banco Central todas as segundas e tem sempre como base a previsão dos analistas colhida da semana anterior. Inflação A previsão do mercado para a inflação em 2018, que na semana retrasada era de 3,54%, na semana passada ficou ficou em 3,53%. Foi a décima queda seguida no indicador. O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta central que o Banco Central precisa perseguir para a inflação neste ano, que é de 4,5%. Entretanto, está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2019, porém, o mercado financeiro subiu sua expectativa de inflação de 4,08% para 4,09%. Mesmo assim, a estimativa do mercado está em linha com a meta central do próximo ano e também dentro da banda do sistema de metas (entre 2,75% e 5,75%). PIB e juros Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 2,84% para 2,80%. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continua em 3%. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país. Os analistas do mercado mantiveram em 6,25% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Atualmente, a taxa está em 6,5% ao ano. A redução na expectativa do mercado veio após o próprio Banco Central ter indicado que pode continuar reduzindo a taxa básica de juros nos próximos meses. Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem. Câmbio, balança e investimentos Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,30 por dólar. Para o fechamento de 2019, caiu de R$ 3,40 para R$ 3,39 por dólar. A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, continuou em US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu estável ao redor de US$ 45 bilhões. A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 80 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável em US$ 80 bilhões. Fonte: Por Alexandro Martello, G1, Brasília
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