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Pastor EURICO considera 'RETALIAÇÃO' acionamento na Justiça por deputada PETISTA que o chama de 'LGBTFÓBICO'

"Obviamente que ela interpretou do jeito que ela bem quis! É a utilização do sistema para me intimidar, retaliar!", disse o deputado pernambucano.

06 de novembro de 2023 às 13:12

O deputado federal Pastor Eurico (PL-PE), reagiu, em declaração nas suas redes sociais, contra o acionamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pela também deputada federal Erika Kokay (PT-DF), por uma entrevista dada pelo parlamentar à imprensa. Relator do Projeto de Lei que proíbe o casamento homoafetivo, o pernambucano diz ser alvo de uma "retaliação" por sua atuação, que contribuiu para barrar a proposta na Câmara dos Deputados. Leia também: >>> CÂMARA: Deputado PASTOR EURICO quer PROIBIÇÃO de casamento entre pessoas do mesmo SEXO; projeto de lei vai ser votado na próxima terça (19) Durante entrevista ao Correio Braziliense em seu gabinete, no dia 12 de outubro, o pastor se referia à inconstitucionalidade do PL da união homoafetiva, e exemplificou o fato de que, mesmo sendo "defensor do ser humano", não é obrigado a concordar com pedófilos ou assassinos, sob a alegação constitucional de que todos são iguais perante a lei.

“Eles apontam isso [inconstitucionalidade] baseados na cláusula pétrea de que todos são iguais perante a lei, mas todos são iguais como seres humanos. Você concorda com pedófilo? Você concorda com o traficante? Eu aposto que não, mas todos são iguais perante a lei. Então não é por eu ser defensor do ser humano que eu tenho que acordar com o pedófilo, que eu tenho que concordar com o assassino. A lei diz quais são os direitos e deveres, aquilo que cada um se sente prejudicado deve buscar o rigor da lei”, disse o deputado na entrevista.

No entendimento da deputada, a fala “compara os cidadãos LGBTQIA com assassinos, pedófilos e traficantes ao enquadrar a população LGBTQIA entre aqueles que desejam tratamento igualitário, mas que não merecem tê-lo”. A parlamentar continua a sua defesa contra o que disse o pastor.

“As alegações do relator do substitutivo 580/07 refletem um pensamento individual e homofóbico que destoa do dever de apreciar as proposições legislativas em favor do povo”, alegou a petista.

A deputada acionou o CNMP para apurar "possíveis crimes" que o Pastor Eurico teria cometido na entrevista.

"Ele terá de responder na Justiça", escreveu ela em seu perfil do Instagram.

Na mesma rede social, Pastor Eurico respondeu à alegação da deputada, o chamando de "LGBTfóbico" e destacou que Erika "interpretou [sua declaração] do jeito que ela bem quis".

"Será que já começou a “retaliação”? A também deputada federal Érika Kokay acionou Ministério Público contra minha pessoa por se relator da PL sobre o casamento h0m0afetivo,por suposta falas homofóbicas, em uma entrevista dada dentro do meu gabinete! Obviamente que ela interpretou do jeito que ela bem quis! É a utilização do sistema para me intimidar, retaliar! Mas como todos bem sabem, vamos continuar na luta da nossa família, dos bons costumes diante do nosso Deus, representando nossas irmãs e irmãos que confiaram em meu trabalho", descreveu em sua publicação nesse domingo (5).

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