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Disparos de mensagens pelo whatsapp durante campanha voltam a ser alvo de denúncias

05 de novembro de 2018 às 12:04

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[caption id="attachment_6099" align="aligncenter" width="300"] Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/caption] Segundo informações apuradas pela UOL, os disparos teriam acontecido entre os dias 18 de setembro e 5 de outubro, e a empresa teria disparado ao menos 24 mensagens diferentes. O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), teria contratado por R$ 2 milhões, a empresa Deep Marketing, para efetuar disparos de mensagens em massa pelo WhatsApp. A empresa era responsável por toda parte da campanha na internet, incluindo o envio de mensagens via aplicativo. Meirelles disputou a campanha pelo cargo de presidente da República , durante o primeiro turno. As mensagens teriam sido enviadas para números de telefone ligados a beneficiários do Bolsa Família. Os números deveriam ser sigilosos e seu uso e divulgação para uso não previstos na legislação são ilegais. Um dos sócios da Deep Marketing, o empresário Lindolfo Antônio Alves Neto, já estava sendo investigado por disparos de mensagens anti-PT pelo whatsapp, através da empresa Yacows. A polícia federal está investigando a Yacows, supostamente financiada por empresários favoráveis ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A mesma empresa teria feito disparos pelo WhatsApp para o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), com conteúdo que atacava Paulo Skaf (MDB), um dos seus rivais no primeiro turno. A Deep Marketing teria enviado mensagens para uma lista de  2 milhões de contatos, no dia 5 de outubro, 2 dias antes do primeiro turno. A mensagem falava sobre o programa social.  "Programa Bolsa Família ainda melhor. Pro-criança: receba um benefício extra para deixar seu lho numa creche particular", dizia o começo da mensagem. Em nota, a assessoria de Meirelles negou as acusações, "A campanha cumpriu estritamente todas as exigências legais e se pautou pelos mais rigorosos princípios éticos. Todas as ações foram analisadas e aprovadas por advogados", disse em nota O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) disse que não forneceu dados de beneficiários para uso em campanhas eleitorais e desconhece casos de utilização indevida da base nacional do Cadastro Único. "Caso haja evidência de vazamento das informações, a pasta fará encaminhamento à Polícia Federal para apuração", informou. A legislação eleitoral, proíbe o uso de dados de terceiros ou vazamento de bases de dados governamentais para uso eleitoral. Ainda segundo o Portal UOL, a apuração da matéria ligou para diversos números de beneficiários do bolsa família, que confirmaram o recebimento das mensagens. Os que não utilizavam o aplicativo, consequentemente esclarecem que não receberam nenhuma mensagem.

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