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Pesquisa revela que até bebidas "diet" podem elevar chances de desenvolver gordura no fígado não alcoólica.
10 de outubro de 2025 às 18:20 - Atualizado às 18:30
Refrigerante e Gordura no Fígado Foto: Divulgação/ IA
Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Soochow, na China, chama a atenção para um risco pouco discutido: o consumo diário de refrigerantes zero açúcar pode elevar em até 60% o risco de desenvolver gordura no fígado não alcoólica. Surpreendentemente, a pesquisa aponta que as versões tradicionais, adoçadas com açúcar, também aumentam o risco em cerca de 50%.
A gordura no fígado não alcoólica, conhecida tecnicamente como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) ou MASLD, é caracterizada pelo acúmulo de gordura no órgão em pessoas que não consomem álcool em excesso. Essa condição vem crescendo globalmente, associada a maus hábitos alimentares e obesidade.
O estudo, apresentado recentemente na United European Gastroenterology Week 2025, acompanhou mais de 100 mil pessoas ao longo de mais de 10 anos. Os pesquisadores identificaram que, embora as bebidas dietéticas sejam consideradas “alternativas saudáveis”, elas podem afetar o fígado de maneiras inesperadas.
“Mesmo em pequenas quantidades, refrigerantes sem ou com baixo teor de açúcar estão ligados a um risco maior de gordura no fígado”, afirma Lihe Liu, principal autor da pesquisa. Ele explica que essas bebidas podem alterar a microbiota intestinal, influenciar a saciedade e estimular a secreção de insulina, fatores que prejudicam a saúde do fígado.
Especialistas alertam que o consumo habitual dessas bebidas pode ser um fator silencioso e perigoso, uma vez que muitas pessoas acreditam que as versões “zero” são inofensivas. O estudo reforça a necessidade de repensar o consumo e incentivar alternativas naturais, como água.
Para reduzir o risco de desenvolver gordura no fígado, os pesquisadores recomendam substituir refrigerantes adoçados e dietéticos por opções não adoçadas. Essa troca pode diminuir significativamente as chances da doença.
Embora a pesquisa ainda aguarde publicação oficial, ela traz um alerta importante: mesmo bebidas “zero açúcar” podem representar riscos para a saúde do fígado. A atenção aos hábitos diários é fundamental para evitar problemas silenciosos e graves.
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