Durante uma coletiva de imprensa, o delegado da polícia afirmou que a médica desenvolveu um desejo compulsivo de ter uma filha, mesmo já sendo mãe de um menino.
Médica presa pela polícia. Foto: Polícia Civil/Divulgação
A médica neurologista Claudia Soares Alves foi presa nesta quarta-feira, 5 de novembro, em Itumbiara, município de Goiás, suspeita de mandar matar a farmacêutica Renata Bocatto Derani, em um crime motivado, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por uma obsessão em ser mãe de uma menina.
Durante coletiva de imprensa em Uberlândia, o delegado Eduardo Leal afirmou que Claudia desenvolveu um desejo compulsivo de ter uma filha, mesmo já sendo mãe de um menino. Ela chegou a realizar tratamentos de fertilização, tentou adoções com documentos falsos e, inclusive, tentou comprar um bebê na Bahia.
A médica já respondia em liberdade pelos crimes de falsidade ideológica e tráfico de pessoas, relacionados ao caso da recém-nascida levada de uma maternidade de Uberlândia. Agora, as investigações apontam que ela teria planejado o assassinato de Renata Derani para assumir a guarda da filha da vítima.
Na residência da investigada, os policiais encontraram um quarto pintado de rosa, com roupas infantis, berço e uma boneca bebê reborn, o que reforçou a hipótese de comportamento obsessivo e desequilibrado.
“Ela é capaz de tudo para alcançar o intento de ser mãe de uma menina. A cena dentro da casa demonstra claramente esse desequilíbrio emocional”, afirmou o delegado Leal.
De acordo com o delegado regional Gustavo Anai, a operação que resultou na prisão de Claudia é fruto de investigações iniciadas em 2020, após o sequestro do bebê na maternidade.
“Desde aquele episódio, surgiram denúncias que a ligavam a outros crimes, entre eles o homicídio de Renata”, disse.
Além de Claudia, pai e filho, apontados como vizinhos da médica, também foram presos temporariamente por suspeita de envolvimento no assassinato. O trio foi transferido para Uberlândia, onde permanecerá à disposição da Justiça.
As investigações continuam para definir o grau de participação dos suspeitos e avaliar se as prisões temporárias serão prorrogadas ou convertidas em preventivas.
Segundo o inquérito, Claudia chegou a se casar com o ex-marido de Renata Derani, mas o relacionamento durou apenas dois meses. O homem decidiu se separar após perceber comportamentos obsessivos e sinais de transtorno de personalidade.
Renata, ao notar o comportamento da médica e temendo pela segurança da filha, proibiu o contato da criança com o pai sempre que ele estivesse acompanhado da nova esposa. Após o fim do relacionamento, surgiram indícios de que Claudia teria mandado matar a farmacêutica para tentar retomar o convívio com o homem e assumir o papel de mãe da menina.
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