CICLONE EXTRATROPICAL EM PERNAMBUCO? Apac explica possibilidade de fenômeno atingir o Nordeste

Um ciclone extratropical está previsto para se formar no Sul do Brasil nesta semana, trazendo fortes chuvas e ventos intensos à região. De acordo com especialistas, esse fenômeno meteorológico não só impactará diretamente os estados do Sul, mas também poderá influenciar o clima em outras partes do país, empurrando a atual onda de calor que tem afetado várias regiões.

O meteorologista Thiago do Vale, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), explicou que o ciclone extratropical é caracterizado pelo movimento de massa de ar que gira no sentido horário.

"É um sistema meteorológico que ocorre no extra-trópico, ou seja, fora da linha tropical do planeta, e é derivado do encontro de massas de ar", detalhou o especialista.

Thiago do Vale esclareceu que, embora o ciclone traga uma frente fria que pode atingir o Nordeste, o próprio sistema ciclônico não terá força para chegar à região.

"Ele não tem condições de chegar aqui. Vai em direção ao Atlântico Sul, no sentido da África. A possibilidade de chegar aqui no Nordeste não existe", afirmou o meteorologista. Dessa forma, os estados nordestinos podem experimentar uma leve redução nas temperaturas nos próximos dias, mas sem os impactos diretos do ciclone.

Esse tipo de ciclone é comum em regiões de latitudes mais altas, como o Sul do Brasil, especialmente durante as estações de transição, como o outono e a primavera. A formação desse sistema pode provocar uma série de eventos climáticos severos, incluindo chuvas fortes, rajadas de vento e quedas de temperatura.

O impacto mais imediato do ciclone extratropical será sentido nos estados da Região Sul, onde a previsão é de chuvas volumosas e ventos que podem superar os 80 km/h. Além disso, o fenômeno também deverá estimular a entrada de uma frente fria, o que pode resultar em uma queda nas temperaturas, contrastando com a onda de calor que tem prevalecido em várias partes do país nas últimas semanas.

As autoridades meteorológicas continuam em alerta, monitorando a evolução do ciclone e emitindo avisos para a população das áreas mais afetadas. Recomenda-se que os moradores das regiões sob alerta tomem precauções, como evitar áreas de risco de alagamento, garantir que suas residências estejam preparadas para ventos fortes e fiquem informados sobre as atualizações meteorológicas.