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Com uma média diária de cerca de R$ 283 mil, a estratégia visa aproximar o governo da população, trazendo para o debate público temas sociais e econômicos relevantes.
15 de outubro de 2025 às 18:52 - Atualizado às 19:04
Presidente Lula (PT) e o publicitário Sidônio Palmeira Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nos últimos 30 dias, o governo Lula intensificou de forma expressiva seus investimentos em anúncios nas redes sociais, alcançando o total de R$ 8,4 milhões um salto de 360% em comparação ao período anterior. Essa movimentação reforça o papel cada vez mais central das plataformas digitais na comunicação política no Brasil, com foco especial na divulgação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Com uma média diária de cerca de R$ 283 mil, a estratégia visa aproximar o governo da população, trazendo para o debate público temas sociais e econômicos relevantes. Para se ter uma ideia, nos 60 dias anteriores, o valor destinado aos anúncios somava R$ 4,7 milhões, cerca de R$ 77 mil por dia, evidenciando a escalada desse tipo de comunicação.
Segundo dados da Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, o principal tema impulsionado foi justamente o da isenção do Imposto de Renda, que acabou de ser aprovado no Congresso. Isso mostra como o governo tem usado a comunicação digital para ampliar o alcance de suas pautas e fortalecer sua presença no cenário político.
A Secretaria de Comunicação Social, liderada por Sidônio Palmeira, adotou uma linguagem simples, formatos curtos e um tom leve, buscando maior engajamento e presença nos feeds dos usuários. Essa estratégia tem ajudado a superar limitações dos meios tradicionais e a dialogar diretamente com diferentes públicos.
No entanto, esse aumento significativo dos gastos gerou debates. Especialistas em direito eleitoral, opositores e parte da sociedade questionam onde fica a linha entre comunicação institucional legítima e promoção da imagem pessoal do presidente. Também há críticas sobre a transparência no uso dos recursos públicos e a escolha dos conteúdos impulsionados.
Por outro lado, defensores argumentam que a comunicação governamental nas redes é essencial para informar a população, especialmente em um momento em que veículos tradicionais perdem espaço e influência. Para eles, impulsionar conteúdos é uma forma eficaz de garantir que as políticas públicas cheguem ao conhecimento do público.
Além da isenção do Imposto de Renda, outras pautas como valorização do PIX, fortalecimento do SUS, programa Luz do Povo e a saída do Brasil do Mapa da Fome também têm ganhado destaque nas campanhas digitais do governo, ajudando a criar uma ligação direta com a população.
Com esse movimento, o perfil oficial do governo no Instagram ganhou cerca de 1,2 milhão de seguidores, chegando a 2,9 milhões, ampliando seu alcance e potencial de engajamento.
O que se espera para os próximos meses é a manutenção ou até o aumento dos investimentos em anúncios digitais, especialmente em temas de forte repercussão ou eleitorais. Governos estaduais, municípios e partidos devem observar atentamente essa transformação, que coloca a comunicação digital no centro da estratégia política no Brasil.
Essa escalada mostra como a internet e as redes sociais se tornaram plataformas essenciais para o diálogo direto entre governantes e cidadãos, influenciando o cenário político e social do país.
Da redação do Portal com informações do site infomoney
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