A presidente da Comissão de Direitos Humanos, a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), encerrou uma sessão nesta quarta-feira, 14, após um bate-boca envolvendo Marielle Franco.
A confusão começou quando Delegado Éder Mauro (PL-PA) falou sobre a ex-vereadora do PSOL, que foi assassinada em 2018.
“Deputadas da esquerda, feministas, têm feito [discursos] em relação à questão da mulher, mas não vejo elas se manifestarem quando o Hamas invadiu Israel, degolou crianças, matou mulher e estuprou, inclusive estupro coletivo (…). Eu não vejo nenhuma dessas deputadas feministas, que inclusive defendem bandidos, se manifestarem em favor das mulheres. Mas, se fosse a Marielle Franco, tenho certeza de que elas estariam até hoje [defendendo]”, afirmou.
O comentário do parlamentar não agradou nem um pouco deputados de esquerda, que começaram começaram a criticá-lo.
Gilvan da Federal (Republicanos-ES) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) deram início a uma discussão, fazendo com que os assessores entrassem no meio da confusão.
Em um dado momento da confusão, a presidente da comissão interferiu e anunciou o encerramento das discussões, algo que não deu certo.
Mesmo com o anúncio do fim da reunião, parlamentares de esquerda e seus assessores e visitantes partiram em direção aos deputados da oposição.
Talíria disse que Mauro era um “torturador e matador de merda” e o assessores realizaram o seguinte questionamento: “Quem mandou matar Marielle?”.
Eles também entoaram palavras de ordem contra Israel.