A federação Psol/Rede definirá, no dia 15 de abril, quem irá liderar a chapa majoritária na corrida pela prefeitura do Recife. A disputa está entre a deputada estadual Dani Portela (Psol) e o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede).
Nesta quarta-feira, 3 de abril, Dani Portela protocolou uma carta-compromisso se colocando como pré-candidata à prefeita.
O documento, intitulado Manifesto ao Futuro, confirma que a parlamentar quer disputar a vaga pela Federação.
“É importante ressaltar que nós mantivemos uma postura firme ao longo de todo o tempo de vida pública, sem neutralidade, assumindo os compromissos necessários para a construção de um projeto de cidade mais justo e igualitário para todas e todos. Me lanço como pré-candidata à prefeita pela Federação PSOL/Rede, porque acredito, assim como o presidente Lula, que é preciso incluir os pobres no orçamento público”, afirmou Dani Portela.
A parlamentar enfatiza que a candidatura do PSOL/Rede à Prefeitura do Recife deve desempenhar um papel crucial, posicionando a Federação na defesa do Governo Lula e à esquerda de João Campos.
“Minha trajetória política como candidata a governadora em 2018, como vereadora mais votada do Recife em 2020 e como deputada estadual eleita em 2022, são reflexos dos avanços democráticos pela ocupação dos espaços públicos por mulheres negras, vistos nos últimos anos”, destacou.
Dentre os pontos destacados na carta-compromisso estão sua atuação como líder da oposição ao Governo Raquel Lyra e o combate às desigualdades no Recife, uma pauta que recebeu sua atenção nos dois anos em que atuou como vereadora na cidade.
“Considerando os últimos anos, o Recife em 2020 ocupava o lugar de capital mais desigual do país. De acordo com pesquisa recente, a nossa cidade continua numa posição crítica no que se refere às desigualdades, ocupando o segundo pior lugar no ranking das capitais. Recife tem hoje a segunda maior taxa de desocupação do Brasil, com 15% da população desempregada. É também a segunda capital com a maior quantidade de pessoas abaixo da linha da pobreza, com 11,2%. Esse quadro é ainda mais preocupante, quando analisamos os dados sob as perspectivas de gênero e raça, considerando que grande parte das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social são mulheres, em sua maioria mulheres negras e periféricas”, finalizou.