O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, votou na sexta-feira, 2, para que mais 12 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro sejam condenados a penas que variam de 12 a 17 anos de prisão.

Entre os acusados, está o pastor Jorge Luiz dos Santos, de 69 anos. O ministro do STF votou por condenar o pastor a 17 anos de prisão.

Jorge Luiz esteve presente durante os ataques ao Três Poderes, em Brasília, que, segundo a condenação, foram atos considerados extremistas.

Continua após a publicidade:

O julgamento que envolve o pastor e os outros 11 réus está sendo realizado no plenário virtual do STF, entre os dias 2 e 9 de fevereiro.

Além da condenação, Moraes propôs que Jorge tenha que pagar uma indenização no valor de R$ 30 milhões, que será compartilhado entre todos os réus do caso.

O pastor é acusado pelo presidente do TSE pelos seguintes crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, tentativa de golpe de Estado, dano ao patrimônio tombado e formação de quadrilha.

Moraes autoriza envio de investigações contra Bolsonaro à CGU

Morae autorizou no dia 24 de janeiro, o compartilhamento com a Controladoria-Geral da União (CGU) das investigações abertas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados na Corte.

Com a decisão, a CGU vai receber cópias das investigações que envolvem os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023; fraude nos cartões de vacina de Bolsonaro; joias doadas pelo governo da Arábia Saudita; uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar opositores; interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022 e sobre a atuação de milícias digitais para atacar a democracia brasileira.

Continua após a publicidade:

Apesar de autorizar o compartilhamento dos dados, Moraes não permitiu que delações premiadas sejam enviadas ao órgão.

O pedido de acesso às investigações foi feito pela CGU, que pretende apurar a conduta de servidores públicos envolvidos nos fatos investigados.