A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), uma das autoras do projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, afirmou que são necessários ajustes na proposta.
Ela destacou que, em virtude dos debates realizados, torna-se imprescindível modificar o projeto para que não haja penalização das mulheres que foram vítimas de estupro.
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A deputada esclareceu que a intenção original do projeto era prevenir a assistolia fetal, que ocorre quando a gestação é interrompida após a 22ª semana, momento em que o feto já possui condições de sobreviver fora do útero.
“A gente percebe que como foi proposto essa equiparação ao homicídio, a gente viu que isso estava pesando demais a mão para cima das mulheres vítimas de estupro, e que o nosso objetivo desde o início era evitar assistolia fetal”, afirmou Bia Kicis.
“Ninguém se importa com a vida do bebê”
A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) afirmou em entrevista à CNN na última sexta-feira, 14 de junho, que o debate sobre o projeto de lei que equipara o aborto feito após 22 semanas de gestação ao homicídio não tem levado em conta a vida dos bebês.
“Eu fico um pouco chocada também com pessoas que não se importam com a vida do bebê. Estão falando do estuprador, estão falando da vítima, mas ninguém se importa com a vida do bebê, que pode, inclusive, nascer uma mulher”, disse Zanatta.