A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) prendeu na terça-feira, 14 de maio, um homem de 35 anos suspeito de estuprar a enteada de 14 anos. Os abusos começaram quando a menina tinha apenas 11 anos. Além desse caso, o homem enfrenta outro processo pelo mesmo crime, desta vez envolvendo sua filha biológica, uma adolescente de 13 anos.
Ameaças e revelações
Durante os abusos, o suspeito ameaçava a enteada para que ela não revelasse o que estava acontecendo. A mãe da jovem relatou à polícia que notou uma mudança no comportamento do suspeito quando a garota entrou na adolescência. Após anos de abuso, a vítima finalmente contou à mãe sobre o que sofria. Isso ocorreu depois que o suspeito tentou culpar uma terceira pessoa pelos abusos.
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“Além de acontecerem de forma violenta, esses abusos também tinham o tom de ameaça de que, se ela revelessase o crime, ele (suspeito) mataria a mãe e o irmão dela. O crime acontecia justamente enquanto a mãe e o irmão dormiam. Ele aproveitava desse momento para praticar esses abusos que perduraram cerca de dois a três anos”, explicou a delegada Maria Eduarda Pessoa de Melo, do Departamento de Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA).
Novas denúncias contra o homem
A mãe da enteada também foi ameaçada pelo suspeito, tanto pessoalmente quanto por telefone. Após registrar o Boletim de Ocorrência, uma nova vítima surgiu: a filha biológica do homem. Ela mesma denunciou o pai na delegacia.
“Depois de perceber que alguém estava sendo acusado injustamente por algo que não tinha cometido, e era uma pessoa do convívio da adolescente, ela tomou coragem e revelou o que passava para os familiares”, disse a delegada.
Investigação em andamento
A polícia continua investigando o caso envolvendo a filha biológica do suspeito. Em relação à enteada, o inquérito já resultou no mandado de prisão preventiva. O homem já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e ameaça, e há a possibilidade de mais casos de violência sexual.
Apelo por mais denúncias
A Polícia Civil afirmou que continua aberta para receber mais denúncias e ouvir outras possíveis vítimas. A prisão do suspeito é um passo importante para a proteção das jovens e para garantir que a justiça seja feita.
“É muito importante a gente reforçar a necessidade de procurar a polícia e denunciar no menor sinal de comportamento do seu filho ou filha. É importante para que essa conduta seja investigada para que a gente descubra se aquilo aconteceu ou não”, finailzou a delegada.