O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, apresentou um projeto de lei para incluir as escolas cívico-militares entre as diretrizes e bases da educação nacional, nesta quinta-feira, 7 de dezembro.

Em julho deste ano o governo federal decidiu pelo encerramento do programa de escolas desse modelo, e o presidente Lula declarou que “se cada estado quiser criar, que crie”, se referindo à autonomia dos estados sobre o assunto, e disse que “não é obrigação” do Ministério da Educação (MEC) cuidar disso.

Com a decisão, as escolas não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino até o fim do ano letivo de 2023.

Continua após a publicidade:

Se o PL de Marinho for aprovado, o governo federal teria que manter essa modalidade de instituição de ensino como opção aos estados e municípios.

Sobre a proposta o senador disse:

“[O] decreto foi revogado pelo atual governo, sob o argumento do então ministro da Educação, Camilo Santana, ventilado nos veículos de imprensa, de que ‘não são questões políticas, mas sim questões técnicas, pedagógicas e legais, porque não há previsão nem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nem no Plano Nacional de Educação para esse tipo de escola’”.

O modelo foi estabelecido em setembro de 2019 pelo governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Naquele momento, o modelo definia que os educadores ficavam responsáveis pela área pedagógica dos colégios, enquanto militares passavam a cuidar da gestão administrativa.

Na quarta-feira (6), parlamentares lançaram a Frente Parlamentar Mista em Defesa das Escolas Cívico-Militares na Câmara dos Deputados. O evento contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Continua após a publicidade: