A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, braço do Ministério Público Federal, emitiu um parecer contra o programa de escolas cívico-militares em São Paulo. O documento conclui que a política sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai de encontro ao modelo nacional de educação e, por isso, é inconstitucional.

A representação foi enviada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para que ele se manifeste no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o programa. Uma ação movida pelo PSOL pede a suspensão do novo modelo de ensino.

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O parecer da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão afirma que o modelo de “militarização” das escolas civis não encontra amparo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que regulamenta o ensino no País. O viés militar, afirma o documento, é “próprio e exclusivo” do ensino militar.

A Procuradoria também se opõe ao próprio conteúdo do programa. Um dos pontos questionados é o recrutamento de militares da reserva para a coordenação de atividades pedagógicas sem aprovação em concurso público ou formação específica.

Para o MPF, o novo modelo tende a gerar o “arrefecimento do espaço crítico para diálogo e desenvolvimento livre do pensamento no ambiente escolar”.

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Estadão Conteúdo