A Petrobras alcançou a sexta posição entre as petroleiras com maior lucro líquido no primeiro trimestre de 2024, entre as grandes empresas globais do setor listadas em bolsa. A estatal brasileira reportou um lucro de R$ 23,7 bilhões (US$ 4,6 bilhões). Em 2023, a Petrobras foi a quarta mais lucrativa.

Principais petroleiras e lucros

A Saudi Aramco manteve a liderança isolada com um lucro de US$ 27,2 bilhões. No pódio, também estão a americana ExxonMobil, com US$ 8,2 bilhões, e a britânica Shell, com US$ 7,4 bilhões. A Petrobras ficou atrás da americana Chevron e da francesa Total Energies, que lucraram mais de US$ 5 bilhões no primeiro trimestre.

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Petrobras supera várias gigantes

A Petrobras superou outras grandes petroleiras, como a britânica BP, a norueguesa Equinor e a italiana Eni. A espanhola Repsol registrou os menores resultados no trimestre. Entre as estatais, além da Petrobras, destacam-se a Saudi Aramco e a Equinor.

Taxa de lucratividade

A Petrobras teve a segunda maior taxa de lucratividade em relação à receita, com um resultado líquido equivalente a 20,2% da arrecadação no primeiro trimestre, ficando atrás apenas da Saudi Aramco (23,3%). A Petrobras arrecadou R$ 117,7 bilhões (US$ 22,8 bilhões), ficando na penúltima posição em receita entre as 10 maiores.

Custos de produção e exploração

A Petrobras é conhecida por seus baixos custos de exploração. O custo de extrair um barril de óleo do pré-sal é inferior ao de muitos outros países, devido a fatores técnicos como a qualidade do óleo e as condições operacionais.

Queda no lucro

Apesar do bom desempenho comparado a outras petroleiras, o lucro da Petrobras caiu 38% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Também foi 23,7% menor em relação ao quarto trimestre de 2023.

Redução nas receitas de combustíveis

A queda de 15% nas receitas foi impulsionada pela redução na venda de produtos principais, como gás de cozinha (-22,2%), diesel (-18,8%) e gasolina (-17,3%). A receita total com derivados de petróleo foi de R$ 69,4 bilhões, uma redução de 17,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2023.

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Nova política de preços

Essa redução reflete a nova política de preços de combustíveis adotada há um ano. Sob a direção de Jean Paul Prates, a Petrobras abandonou o Preço de Paridade de Importação (PPI) e adotou uma política de precificação que considera mais os custos internos.

A estatal reduziu preços e passou a reajustar menos os valores, segurando aumentos quando o petróleo ou o dólar sobem e demorando a repassar reduções quando as cotações caem.

Impactos da nova política

Essa nova abordagem resultou em uma defasagem nos preços, que em 2024 chegou a 24% no caso da gasolina. A Petrobras confirmou que a redução de receita com derivados no mercado interno se deve principalmente aos menores preços dos combustíveis.

Outros fatores incluem a sazonalidade do consumo, o aumento do teor de biodiesel na mistura do diesel e a perda de competitividade da gasolina para o etanol hidratado.