Governadora Raquel Lyra e secretária de Saúde de Pernambuco. Foto: Foto: Beto Dantas/Portal de Prefeitura
Deputados do Partido Socialista Brasileiro (PSB) exigiram a demissão da equipe da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, incluindo a secretária Zilda Cavalcanti, da governadora Raquel Lyra (PSDB) na terça-feira, 21 de maio.
📲 Entre no nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias do Portal de Prefeitura no seu celular
Em resposta, a governadora rebateu, nesta quarta-feira (22), as alegações dos parlamentares da sigla. De acordo com a gestora:
Continua após a publicidade:
“A gente vem trabalhando muito na saúde pública em Pernambuco, inclusive investindo mais, contrariando o que estão dizendo”.
-
Hospital da Mulher vai receber 15 leitos pediátricos contra SRAGs
Devido ao aumento de casos das síndromes respiratórias, a prefeitura do Recife está abrindo suportes e contratando profissionais para reforço na rede municipal.
-
Na Alepe, bancada do PSB quer demissão da secretária de Saúde
Os deputados afirmam que a continuidade de Zilda Cavalcanti e equipe nos cargos é insustentável e coloca em risco a vida da população.
Motivação da oposição
Segundo os deputados da oposição, a solicitação é motivada pela falta de planejamento da gestão estadual e pela redução dos investimentos, que teriam causado uma crise no setor de saúde e uma “situação crítica nas unidades pediátricas”. Os mesmos consideram a continuidade da atual equipe como “insustentável e perigosa para a vida da população”.
Argumento do PSB
O repúdio do PSB se baseia em uma reportagem da TV Globo, exibida na última quinta-feira (16), que revelou uma redução de R$ 1,2 bilhão nos investimentos em assistência hospitalar e ambulatorial no primeiro ano do governo Raquel Lyra.
Isso representa uma queda de 15% em relação ao ano anterior, conforme dados do Portal da Transparência.
Este corte de verbas para a saúde pública é o primeiro em 16 anos e o menor investimento no setor na última década. A redução teria afetado diretamente os hospitais da Restauração (HR), Getúlio Vargas e Barão de Lucena, agravando a superlotação e a falta de insumos básicos.
Continua após a publicidade:
Ação judicial do Cremepe
O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) entrou com uma ação judicial contra a gestão estadual para garantir medidas mínimas de funcionamento do Hospital Barão de Lucena, a maior emergência pediátrica do Estado.
Desde 18 de janeiro, o Cremepe interditou a unidade devido à falta de insumos básicos e condições mínimas de trabalho para os médicos, que enfrentam uma crescente demanda de crianças, especialmente durante o período de alta incidência de doenças respiratórias.
