O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será indiciado no “Caso das Joias”. O inquérito, que já foi concluído, está agora em fase de trâmites técnicos e legais para ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso.

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As informações são do jornalista Túlio Amâncio, da BandNews TV.

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Além de Bolsonaro, outras cinco pessoas serão indiciadas, incluindo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid.

O “Caso das Joias” se refere à venda de presentes presidenciais que pertenciam ao Estado brasileiro, não sendo considerados de caráter pessoal. Segundo a PF, há indícios concretos de que as vendas foram realizadas com a participação direta de Bolsonaro.

Entenda o caso

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, declarou à Polícia Federal que entregou pessoalmente parte do dinheiro da venda de joias ao ex-presidente durante uma viagem oficial a Nova York.

Segundo informações da coluna de Igor Gadelha no site Metrópoles, os recursos teriam sido entregues em espécie em setembro de 2022, quando Bolsonaro estava na cidade americana para realizar seu último discurso como presidente brasileiro na Assembleia-Geral da ONU.

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De acordo com o depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal, o dinheiro era proveniente da venda de relógios de luxo recebidos por Bolsonaro de autoridades estrangeiras. O próprio tenente-coronel teria vendido os relógios nos Estados Unidos em 2022.

Fontes da Polícia Federal informaram que o ex-ajudante de ordens afirmou que os relógios foram vendidos por cerca de US$ 68 mil, e o dinheiro foi depositado em uma conta de seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid.

Na época, o general reformado morava em Miami, onde comandava o escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) durante o governo Bolsonaro.