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O delegado da Polícia Federal (PF) José Fernando Moraes Chuy foi indicado para assumir o posto de corregedor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em substituição a Lidiane Souza dos Santos, que permanecerá no cargo até o dia 31 de agosto. Chuy é próximo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao longo de sua carreira, Chuy tem passagens por áreas estratégicas e já atuou na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando Moraes ocupava o comando da Corte Eleitoral.

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Caso assuma o cargo, o delegado poderá ser responsável por apurações que envolvam alvos da Operação Última Milha, que mira o funcionamento de uma suposta “Abin paralela”. As acusações giram em torno de um suposto uso indevido da estrutura da agência de inteligência para a disseminação de fake news e para o monitoramento ilegal de autoridades e jornalistas.

Na época dos fatos investigados, a Abin era comandada pelo delegado Alexandre Ramagem, hoje deputado federal e candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de outubro. Ramagem é investigado. Ele, porém, nega irregularidades durante sua gestão à frente da agência de inteligência.

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Preocupação com indicação

Após as notícias sobre a indicação de Chuy serem divulgadas, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) emitiu uma nota manifestando preocupação com a indicação de um servidor de fora dos quadros da agência.

“Consideramos preocupante, injustificada e um desprestígio dos servidores orgânicos da Abin a possível indicação de um corregedor-geral do órgão oriundo de fora dos quadros da agência”, diz um trecho do comunicado.