Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à sociedade, o arcebispo de Olinda e Recife e também segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, recebeu o Título de Cidadão do Recife na noite desta terça-feira (28), por iniciativa do vereador Felipe Alecrim (Novo).
“Poder celebrar, hoje, o dom da vida de Dom Paulo e torná-lo um cidadão recifense é, de certo modo, enaltecer o trabalho e a missão da Igreja Católica. Através de suas ações evangelizadoras e sociais, a Igreja sempre transforma vidas e, sobretudo, as vidas que se encontram em situação de vulnerabilidade”, disse o parlamentar.
O presidente da Câmara do Recife, vereador Romerinho Jatobá (PSB), conduziu a solenidade.
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Ele compôs a mesa de honra com o vereador autor do requerimento; com o homenageado; com o vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor Josivaldo Bezerra; o vigário episcopal, padre Marcelo Júnior; e o representante do Clero da Arquidiocese de Olinda e Recife, padre Biu Arruda.
“Este é um reconhecimento que fazemos por aquilo que o nosso bispo realiza pela nossa cidade e também pelo que ele ainda irá fazer. A primeira coisa que eu gostaria de enaltecer em Dom Paulo é que se trata de um religioso que é dono de uma belíssima homilia que nos enche de fé e esperança”, reconheceu o vereador.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa nasceu em 17 de abril de 1969, em São José de Espinharas, Patos, Paraíba.
Ele estudou Filosofia no Instituto de Teologia do Recife (ITER) e Teologia no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, em João Pessoa (PB).
Obteve o Mestrado em Ciências Bíblicas no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e o Doutorado em Teologia Bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado Sacerdote em 17 de dezembro de 1993, sendo incardinado na Diocese de Patos.
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Entre os diversos cargos que assumiu, o Arcebispo de Olinda e Recife foi administrador paroquial do Senhor Bom Jesus do Horto, e Secretário Nacional da Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (OSIB).
O reverendíssimo foi nomeado Bispo de Garanhuns em 20 de maio de 2015 e recebeu a Ordenação Episcopal em 18 de julho de 2015.
Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi membro da Comissão Episcopal Pastoral de Animação Bíblico Catequética, e presidente do Conselho Regional do Nordeste 2. Dom Paulo Jakson, atualmente, é o segundo vice-presidente da CNBB.
Em 14 de junho de 2023, o papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife apresentada por Dom Antônio Fernando Saburido, e nomeou para o cargo Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, transferindo-o da Diocese de Garanhuns (PE).
Após o discurso, o vereador Felipe Alecrim fez a entrega do Título de Cidadão do Recife, com a respectiva medalha, ao reverendíssimo Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza.
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Na sequência, um vídeo sobre a vida e a atuação pastoral do arcebispo foi apresentado no telão do plenário da Câmara do Recife.
Dom Paulo Jackson disse que o Recife “é uma cidade muito marcada pelas revoluções, inclusive algumas delas nascidas na sala do nosso Seminário de Olinda, especialmente as de 1817 e 1824”.
Ele falou do povo recifense e disse que “essa gente tão altiva, tão batalhadora e tão guerreira, também sofre. É uma terra marcada por ambiguidades, contradições, profundas desigualdades sociais que ainda não foram superadas”.
Ele acrescentou que, através do Título de Cidadão, associava-se “mais profundamente à história deste povo, não só como pastor, como arcebispo, mas agora também como filho desta terra”.
O arcebispo observou, também, que antes mesmo do Título já se sentia um cidadão recifense porque morou na cidade entre os anos de 1987 e 1989.
“Além disso, eu sou paraibano e a Paraíba nasce de Pernambuco, da tragédia de Tracunhaém. Do ponto de vista eclesial, de algum modo, a Paraíba está vinculada a Pernambuco. Recife, como sede do Regional Nordeste 2, foi o local para onde convergiu a história de nossas dioceses. A nossa ligação afetiva, histórica e cultural com o Recife é muito profunda”.