O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste domingo, 19 de maio, a libertação do jornalista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, detido desde 2019 em uma prisão de segurança máxima em Londres.

Lula afirmou que o jornalista deveria receber o Pulitzer, maior prêmio do jornalismo no mundo, em vez de estar na prisão, e criticou a imprensa pelo “silêncio” sobre o caso.

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A declaração ocorreu na véspera do julgamento de Assange pela Justiça do Reino Unido, que poderia extraditá-lo aos EUA. Nesta segunda-feira, 20, o Tribunal Superior de Justiça de Londres decidiu que o jornalista poderá apresentar um novo recurso contra sua extradição.

Assange responde a 18 acusações, baseadas na Lei de Espionagem. Se condenado no país norte-americano, a pena pode chegar a 175 anos de prisão. O australiano é acusado de vazar informações confidenciais dos EUA.

Em 2006, Assange criou o site WikiLeaks, que a partir de 2010 revelou mais de 500 mil documentos confidenciais dos Estados Unidos, entre os quais há denúncias de crimes de guerra e espionagem realizados pelo governo norte-americano em outros países, incluindo o Brasil.

Segundo documentos revelados pelo site, os Estados Unidos grampearam a então presidente Dilma Rousseff e mais 29 telefones do governo, com os de ministros, diplomatas e assessores.

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Lula já pediu a liberdade de Assange em diversas outras ocasiões nos últimos anos. Durante a campanha eleitoral de 2022, por exemplo, ele cobrou “pressão mundial” pela libertação do fundador do WikiLeaks.

Em novembro do mesmo ano, após ser eleito, o presidente recebeu representantes do WikiLeaks e voltou a defender a libertação do jornalista, dizendo que sua prisão é “injusta”.

No ano passado, Lula defendeu novamente o jornalista, afirmando que a prisão dele atenta “contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa”.

Estadão Conteúdo