Ebrahim Raisi, aos 63 anos, conquistou a presidência do Irã em 2021, garantindo a vitória no primeiro turno para um mandato de quatro anos.
A eleição foi notável por sua alta taxa de abstenção e pela exclusão de diversos concorrentes, os quais foram impedidos de concorrer pelo Conselho de Guardiães da Constituição.
Denunciado várias vezes pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país não se limita apenas a esses atos antidemocráticos.
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As praticas são antigas, mas o Irã expos ao mundo os problemas que rondam o governo e as instituições do país ainda em 2022, quando Mahsa Amini, de 22 anos, morreu torturada enquanto estava detida pela polícia da moralidade, em Teerã, por vestir “trajes impróprios”.
ONU DENUNCIA O IRÃ
Ainda em 2022, o Conselho de Direitos Humanos da ONU soltou um relatório citando ações do país que violaram os direitos humanos:
- Desaparecimentos forçados;
- Estupro;
- Execuções e assassinatos extrajudiciais e ilegais;
- Perseguição de gênero;
- Privação arbitrária de liberdade;
- Tortura;
- Uso desnecessário e desproporcional da força.
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OUTRAS EXECUÇÕES FEITAS PELO IRÃ
Já em 2024, a Iran Human Rights (IHR), uma ONG internacional, trouxe à luz a execução de duas mulheres por enforcamento no último sábado, 18 de maio.
De acordo com os dados da organização, a República Islâmica intensificou o uso da pena de morte por motivos políticos, registrando 224 execuções somente em 2024.
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DEZ MULHERES MORTAS NO IRÃ SÓ EM 2024
Entre essas vítimas está Fatemeh Abdulahi, uma mulher de 27 anos, cuja execução se deu pelo suposto assassinato de seu marido.
Segundo a Iran Human Rights, as autoridades enforcaram dez mulheres no Irã em 2024.
Além disso, a ONG observa que, no momento da denúncia, nem os meios de comunicação nacionais nem as autoridades iranianas haviam reportado qualquer uma das execuções.
REPRESSÃO CONTRA A POPULAÇÃO
Sob a presidência de Ebrahim, o governo iraniano respondeu com violência aos protestos que eclodiram em 2022 após a morte de Mahsa Amini, presa por não usar o véu corretamente.
Segundo a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (Hrana), mais de 500 manifestantes foram mortos.
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Raisi defendeu a repressão afirmando que o Irã deveria “lidar de forma decisiva com aqueles que se opõem à segurança e tranquilidade do país”.