Palmeiras e Botafogo serão adversários nas oitavas de final da Copa Libertadores. O confronto foi definido no sorteio do mata-mata da competição continental, realizado nesta segunda-feira. Único duelo entre brasileiros, a partida tem ares de revanche. Isso porque a rivalidade entre os clubes ganhou contornos extracampo após os cariocas perderem o Brasileirão do ano passado para os paulistas. Desde então, denúncias de manipulação, trocas de farpas e processos na Justiça marcaram a relação entre Leila e Textor.

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Uniformizadas de ambos os clubes alimentam uma rivalidade desde os tempos em que as equipes disputaram juntos a Série B, em 2003 Apesar disso, as diretorias sempre mantiveram relação amistosa, especialmente após Anderson Barros, ex-diretor de futebol do Botafogo, ir exercer a função no Palmeiras. Vinte anos depois de comemorarem juntos o acesso à primeira divisão, paulistas e cariocas protagonizaram a disputa pelo título da Série A.

Os laços, ainda que não estreitos, foram completamente desfeitos na reta final da temporada. Depois de colocar como grande favorito para vencer o Brasileirão, o Botafogo desidratou após seguidas trocas de treinador, perdeu a gordura de 13 pontos do segundo colocado e viu o Palmeiras encostar. Em confronto direto entre as equipes no Rio, a equipe alviverde foi para o intervalo perdendo por 3 a 0 e conseguiu uma virada épica, vencendo por 4 a 3, com direito a show de Endrick.

Naquela partida, o Botafogo reclamou bastante de um cartão vermelho direto ao zagueiro Adryelson, quando a partida estava 3 a 1. Os cariocas ainda tiveram um pênalti desperdiçado por Tiquinho Soares antes da reviravolta histórica. Ao fim da partida, o americano John Textor reclamou da arbitragem e afirmou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) era uma entidade corrupta. O presidente Ednaldo Rodrigues entrou com um processo contra o acionista alvinegro.

Neste ano, Textor veio à público afirmar que a existe manipulação de resultados no futebol brasileiro, afirmando que o Palmeiras era beneficiado há pelo menos duas temporadas. As alegações do acionista botafoguense são baseadas em relatórios da empresa francesa Good Game!, empresa francesa especializada em checar e analisar lances de arbitragem, como cartões vermelhos, impedimentos e gols anulados, por meio de um sistema de inteligência artificial.

A denúncia motivou o Palmeiras a entrar com uma ação na Justiça do Rio contra Textor, exigindo a apresentação de provas concretas de manipulação. Leila Pereira, presidente do clube paulista, disse considerar as alegações “uma vergonha”.

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Por causa da declaração, Textor entra com ação contra Leila Pereira no Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando “injúria e difamação”. Leila Pereira, assim como membros da CBF, também estão programados para depor na CPI da Manipulação de Resultados, aberta no Senado Federal.

Estadão Conteúdo.