O jogador Giovanni Padovani foi condenado à prisão perpétua por ter assassinado sua ex-namorada, Alessandra Matteuzzi, com golpes de martelo, taco de beisebol, chutes e socos. O julgamento aconteceu na Itália, quase dois anos após o crime.

A Justiça italiana considerou uma série de agravantes expostos pelo Ministério Público local, como perseguição, assédio, vínculo afetivo, motivo fútil e premeditação para condenar o atleta.

Além da prisão pelo restante de sua vida, Padovani também terá de arcar com o pagamento de indenizações para a mãe e a irmã (100 mil euros, cerca de R$ 531 mil), dois netos (10 mil euros ou R$ 53,1 mil) e demais partes envolvidas (5 mil euros, R$ 26,5 mil) no caso.

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O ex-jogador alegou que não estava em exercício pleno de suas faculdades mentais quando cometeu o crime.

O crime do jogador

De acordo com a imprensa local, Giovanni Padovani, que tinha 27 anos à época, abandonou a concentração de sua equipe, o Sancataldese, na Sicília, e partiu para a cidade de Bolonha para se encontrar com a ex-namorada.

Alessandra Matteuzzi, de 56 anos, chegou em casa e foi abordada pelo jogador em uma emboscada.

Ela estava ao telefone com a irmã, Stefania, que ouviu os gritos do outro lado da linha: “Não, Giovanni, não faça isso. Eu imploro, socorro”.

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Quando escutou ao telefone o desespero da irmã, Stefania ligou imediatamente para a polícia, que chegou ao local.

O jogador ainda estava na cena do crime. Os policiais se depararam com Alessandra ainda consciente, mas ela não resistiu aos graves ferimentos.

O romance entre o jogador e a vítima teria durado um ano apenas. A distância entre o casal foi ponto determinante para o rompimento.

Enquanto Padovani jogava numa equipe da Sicília, Alessandra morava em Bolonha, no norte do país. Mais de 1.200 quilômetros separam San Cataldo e Bolonha.

Ainda segundo reportagens locais, Alessandra Matteuzzi denunciou Giovanni Padovani por importunação.

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Ele frequentemente ligava para ela e enviava muitas mensagens. Os vizinhos, porém, não relatam violência física anterior, mas informaram que Alessandra havia pedido aos moradores do prédio em que morava que não voltassem a permitir a entrada do jogador. O espancamento, no entanto, teria começado no hall do edifício.

Estadão Conteúdo