O presidente Lula (PT) deu uma fala polêmica ao comentar sobre o projeto de lei (PL) que equipara o aborto após 22 semanas de gestação com crime de homicídio.
O petista afirmou que mulheres que foram estupradas não devem ser obrigadas a dar à luz.
Ele também sugeriu que o bebê, fruto da violência sexual, é um “monstro”, disse a CBN.
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Lula também questionou também qual seria a posição do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto, caso sua filha estivesse enfrentando uma situação semelhante.
“Eu gostaria de saber como ele agiria se fosse a filha dele vítima de estupro”, enfatizou.
Durante a entrevista, o petista reafirmou sua posição pessoal contrária ao aborto, mas destacou que, enquanto chefe de Estado, vê a questão como um tema de saúde pública.
“Você não pode continuar permitindo que a madame vá fazer aborto em Paris e a coitada morra em casa tentando furar o útero com uma agulha de tricô. Quem aborta são meninas [de] 12, 13, 14 anos; é crime hediondo um cidadão estuprar uma menina de 10, 12 anos e depois querer que mulher tenha o filho. É preciso, de forma civilizada, discutir. As crianças estão sendo violentadas dentro de casa – acrescentou”, relatou Lula.
Além disso, o presidente sugeriu que o aborto não deveria estar no centro do debate político e social atual do Brasil. “Esse não é o foco do Brasil neste momento”, opinou.