O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou a deputada Carla Zambelli (PL-SP), por unanimidade, em R$ 30 mil, por divulgar notícias falsas sobre o processo eleitoral e o aplicativo e-Título.
Os ministros consideraram a deputada culpada por propaganda eleitoral irregular na internet. As publicações foram feitas durante a campanha eleitoral de 2022 nas redes sociais da parlamentar e diziam que o QR Code do título de eleitor digital, ao ser lido, contabilizaria votos para o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
A retirada das publicações foi determinada à época pelo ministro Raul Araújo. Nesta terça-feira, 20 de fevereiro, os ministros julgaram o mérito da conduta da deputada. O relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, destacou que o valor da multa levou em consideração “a reincidência da conduta”.
Continua após a publicidade:
A ministra Cármen Lúcia chamou atenção para o comportamento de Zambelli.
“A pessoa sabe que não pode adotar o comportamento, sabe que é falso e, ainda assim, propaga com um dolo muito específico”, ressaltou.
Apenas o ministro Nunes Marques votou para que a multa ficasse pela metade, em R$ 15 mil, mas foi vencido.
Zambelli adia pedido de impeachment contra Lula
Liderando o protocolo do pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), optou por adiar a petição.
Inicialmente, o pedido estava previsto para ocorrer na terça-feira, 20 de fevereiro, e recebeu até agora a assinatura de apoio de 122 deputados da Câmara Federal, em sua maioria do Partido Liberal (PL).
Continua após a publicidade:
“O pedido já conta com 122 assinaturas, inclusive da base governista”, disse Zambelli em coletiva de imprensa sediada no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
A movimentação dos parlamentares teve origem após as declarações do presidente Lula, que comparou a intervenção de Israel na guerra em Gaza ao Holocausto nazista.
Zambelli mencionou que a formalização do movimento foi postergada devido a solicitações adicionais de parlamentares interessados em participar.
A deputada declarou sua intenção de discutir o assunto com membros da Bancada Evangélica e Católica.
Para os indivíduos envolvidos no pedido, a declaração de Lula poderia ser interpretada como um possível crime de responsabilidade contra a estabilidade política da nação, “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Continua após a publicidade: