Servidores do BC querem mais detalhes do governo sobre contraproposta, dizem sindicatos

Após receberem a contraproposta do governo sobre reajuste salarial e recomposição de carreira, servidores do Banco Central querem mais detalhes sobre a oferta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) por considerarem que há pontos ainda sem respostas claras e que são considerados essenciais pela categoria para conter a “grave crise” na instituição.

Até lá, segundo os sindicatos dos funcionários, seguirão em operação-padrão. A decisão por aprofundar os pontos do texto foi tomada durante assembleia na sexta-feira, 22 de março.

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A contraproposta apresentada na Mesa de Negociação Específica, de acordo com os sindicatos, estabelece a mudança do nome do cargo de Analista do Banco Central para Auditor do Banco Central, apontada como uma “luta histórica dos servidores”.

Também oferece 10,9% de correção salarial a partir de janeiro de 2025 e de 10,9% a partir de maio de 2026, no último nível da carreira de Especialista (que inclui os cargos de Analista e de Técnico do BC).

Apesar de considerarem “uma recomposição salarial importante”, os servidores enfatizaram que grande parte do corpo funcional não está no final da carreira e que, portanto, haveria um reajuste médio menor já que a mudança da tabela gera um escalonamento ao longo dos vinte níveis propostos pelo MGI.

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Na avaliação do corpo funcional, ainda que tenha havido a contraproposta de uma recomposição salarial, considerada parcial, o Ministério não endereça a maioria dos pontos pleiteados pelos servidores.

Entre eles estão a assimetria em relação a outras carreiras do Poder Executivo, a não-contemplação de parcela importante da reestruturação da carreira de Especialista do BC, como o nível superior como requisito para ingresso no cargo de técnico e a remuneração por produtividade para os servidores do BC.

Estadão Conteúdo