O ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com seus aliados, a exemplo do general Augusto Heleno, Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), prestarão seus depoimentos à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, em Brasília.

Em decorrência da operação Tempus Veritatis, deflagrada no dia 8 de fevereiro, os investigados irão depor ao mesmo tempo, estratégia esta para evitar combinação de versões entre eles. A PF visa apurar a disseminação de mentiras a respeito do sistema de votação eletrônico, assim como uma possível abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de estado.

33 mandatos de busca e apreensão, foram cumpridos pela corporação, além de 4 mandatos de prisões preventivas e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Continua após a publicidade:

As medidas envolviam a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Os investigados

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente);
  • Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército);
  • Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência);
  • Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro);
  • Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha);
  • Valdemar Costa Neto (presidente do PL);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército);
  • Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro);
  • Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército);
  • Bernardo Ferreira de Araújo Júnior;
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército).

“Sou investigado por um crime impossível de acontecer”, diz Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, em entrevista concedida a Elielson Lima, da rádio CBN, na manhã desta quarta-feira, 21 de fevereiro, afirmou que está sendo investigado por “um crime impossível de acontecer”, a respeito de seu envolvimento em tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro comentou, às vésperas de prestar depoimento na Polícia Federal (PF), que a minuta encontrada na sede do Partido Liberal (PL), falando sobre Estado de Sítio, não possuiu nenhum tipo de encaminhamento.

O ex-mandatário ainda disse que não teve acesso ao processo e adiantou que, caso consiga conhecimento, até a quinta-feira (22), poderá falar falar com a PF.

Continua após a publicidade: