A Polícia Federal (PF), após alertas dos Estados Unidos, investigaram e descobriram que um grupo de terroristas do Hezbollah libanês, fez o recrutamento de brasileiros para realizarem um ataque à comunidade judaica no Distrito Federal (DF).

A corporação conseguiu evitar o atentado iminente, que sinagogas e um cemitério israelense eram tidos como alvos dos terroristas. Material audiovisual foi mostrado na edição do Fantástico, da Rede Globo, no domingo, 3 de março.

Os vídeos, que mostravam os locais monitorados, estavam guardados no e-mail de Lucas Passos Lima, preso pela PF em novembro de 2023, na volta de sua segunda viagem ao Líbano.

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Lucas, que tem contato com um sírio naturalizado no Brasil, é um dos recrutados pelo Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã e tido como terrorista pelos EUA, França e Alemanha.

Uma lista com oito endereços representativos da comunidade judaica, foram achados em Brasília e Goiás pelos agentes, mais informações sobre um rabino. A investigação aponta que um atentado terrorista no Brasil, foi evitado.

Mohamad Khir Abdulmajid, procurado pelo Interpol, está sendo investigado por ser o principal alvo da operação que averigua o recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah.

Mohamad e Lucas são réus por crimes de terrorismo e organização criminosa. Uma parte do inquérito foi divida, para a corporação seguir investigando outros brasileiros envolvidos.

Em 2023, juíza manda soltar brasileiros envolvidos com Hezbollah presos pela PF

A Justiça Federal mandou soltar dois homens que estavam presos preventivamente na investigação da Polícia Federal (PF) sobre uma rede de brasileiros que teriam sido cooptados pelo Hezbollah, grupo paramilitar xiita do Líbano.

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Um mês após as prisões, a própria PF pediu que eles fossem colocados em liberdade. O Ministério Público Federal (MPF) concordou. Os alvarás foram expedidos pela juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2.ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, nesta terça.

A investigação foi aberta em outubro, depois que a Polícia Federal recebeu um memorando da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio do Escritório do Adido Legal do FBI, alertando para as suspeitas de ligação entre brasileiros e terroristas.

  • Haissam Housin Diab, libanês naturalizado brasileiro;
  • Mohamad Khir Abdulmajid, sírio naturalizado brasileiro, dono de tabacarias em Belo Horizonte;
  • Jean Carlos de Souza, Michael Messias e Lucas Passos Lima, brasileiros que viajaram para o Líbano.

O inquérito, conduzido pelo delegado Leopoldo Soares Lacerda, investiga se os brasileiros têm conexão com organizações terroristas e se estavam envolvidos em planos de atentados.

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Mohammad Khir Adbulmajid, apontado como elo entre o Hezbollah e os brasileiros investigados, está na lista de difusão vermelha – mais procurados – da Interpol. Segundo investigadores, ele estaria no Líbano.