O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criou a reeleição para cargos do Executivo em 1997, criticou a iniciativa de acabar com a medida que está sendo discutida no Congresso Nacional.
O parlamentar diz que a discussão sobre o tema é ‘um tremendo erro’ em entrevista ao Correio Braziliense nesta terça-feira, 5 de março.
“Sigo defensor da reeleição. Acho um tremendo erro, uma excrescência, essa discussão de acabar com esse instituto e voltar com os cinco anos de mandato”, disse.
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Para Mendonça, a reeleição garante a visão de médio e longo prazo para os governantes, o que o parlamentar considera muito importante.
“É uma iniciativa exitosa ao longo desses 27 anos. Mudar isso agora é um equívoco, uma péssima ideia. Só há o olhar do político, e não o da sociedade, que aprovou esse modelo, que continuo defendendo. Assegura a visão de médio de longo prazos para os governos, o que é muito importante. Há o argumento que muitos governantes deixam de adotar medidas duras por causa da reeleição. Mas, ao mesmo tempo, quando se tem direito a se reeleger, pode usufruir do resultado das medidas mais duras e profundas”, afirmou.
Mendonça também rebateu a crítica de que a medida eterniza um mandatário, e citou o exemplo de Jair Bolsonaro (PL), que não conseguiu se reeleger em 2022.
“Isso não é verdade. A eleição não garante a reeleição. Olha o caso do Bolsonaro. É um argumento simplista. É só olhar também quantos exemplos ao longo desses anos em disputa de prefeituras e governos estaduais”, finalizou.