O ex-presidente Lula decidiu evitou se expor e decidiu não participar nas ruas das manifestações públicas em atos da Independência do Brasil. O petista se limitou a uma gravação de vídeo divulgada na véspera do feriado nacional por meio de todas as suas contas oficiais nas redes sociais.
O Grito dos Excluídos, um manifesto histórico de mais de duas décadas por justiça social no país, realizou a sua 27º edição, neste 7 de setembro, pelas principais capitais brasileiras e centenas de cidades. Lula começou a intensificar suas viagens pelo país visando as eleições de 2022.
Os atos exigiram saúde, moradia, alimentação e outras pautas dentro de políticas públicas. As manifestações foram encerradas no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, com a presença de lideranças do PT, representantes de movimentos sociais, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lideranças estudantis e de sindicatos, entre outros.
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A presidente Nacional do PT Gleisi Hoffmann celebrou a força do povo brasileiro, levando a luta pela liberdade para as ruas. “Aqui é ato das representações da população: entidades civis, sindicais, dos movimentos populares”, elencou.
“É nas ruas que temos de continuar, fazendo esses atos, chamando o campo democrático para defender a democracia. Mas esse campo tem de estar ativo para defender a pauta do povo: emprego, renda, vacina, moradia. É a vida das pessoas que importa”, argumentou.
Os discursos de Bolsonaro escancaram o medo que ele tem da Justiça. Terá de explicar de onde veio o dinheiro para bancar seus atos de intimidação. E parabéns à militância que participou, de cabeça erguida, de mais um Grito dos Excluídos. Nossa causa é a pauta do povo!
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 7, 2021
O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad exaltou o caráter democrático dos atos do Grito dos Excluídos.
“Temos um ato defendendo a democracia e a Constituição da República, direitos sociais, o combate ao racismo, igualdade de gênero, escola pública de qualidade, universidade para todos, os direitos das pessoas com deficiência”, conclamou. Haddad condenou ainda o ato bolsonarista pela ditadura e pelo o fascismo da Avenida Paulista.
Em um país minimamente democrático, Bolsonaro seria afastado das suas funções e preso. Só pelo espetáculo grotesco de hoje, que avacalha o Brasil diante do mundo.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) September 7, 2021
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Bolsonaro nos atos de 7 de setembro
Um ato na Avenida Paulista reuniu na tarde do feriado da terça-feira, 7 de setembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A concentração começou por volta das 11h entre a Praça do Ciclista e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Grande parte dos manifestantes usava peças verde-amarelas, além de carregar faixas e bandeiras do Brasil. Havia também carros de som em trecho da avenida com maior concentração de pessoas.
Os participantes se posicionaram contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns portavam faixas defendendo o impeachment dos ministros da Corte e outros chegaram a pedir a intervenção militar no país.
Após participar do ato em Brasília, Bolsonaro embarcou para São Paulo, aonde chegou às 15h30. Do alto de um carro de som, o presidente discursou:
“Não vamos mais admitir [que] pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa Constituição. Ele teve todas as oportunidades para agir com respeito a todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua a não agir”, disse.
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