O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) condenou nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, dois policiais militares pelo assassinato de Marcos Laurindo da Silva, que foi fatalmente baleado em sua residência, localizada no bairro Guabiraba, Zona Norte do Recife.

O caso que ocorreu em 2013, vitimou o jovem de 21 anos na presença de seus pais e de um menor de 2 anos.

O ex-policial militar Diogo Pereira de Barros, responsável pelos disparos, recebeu uma pena de 19 anos em regime fechado por homicídio com duas agravantes (motivação desprezível e impossibilidade de defesa por parte da vítima) e por posse ilegal de arma de fogo. Adicionalmente, foi condenado a dois anos por fraude processual, totalizando 21 anos de encarceramento.

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Por outro lado, o oficial Paulo Sérgio da Silva foi condenado pela Justiça a uma pena de quatro anos de prisão por perjúrio e a dois anos de detenção por manipulação de evidências, a ser cumprida em regime semiaberto.

Embora tenha sido acusado inicialmente de posse ilegal de arma de fogo, ele foi absolvido dessa acusação. No total, sua sentença totaliza seis anos de reclusão.

O crime aconteceu em 17 de maio de 2013, na Avenida Padre Mosca de Carvalho, dentro da comunidade Bola na Rede, situada no bairro Guabiraba.

Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a investigação conduzida pela Polícia Civil revelou que Marcos Laurindo estava embriagado no momento em que os policiais Diogo Pereira e Paulo Sérgio estacionaram a viatura próximo à sua casa.

Após uma abordagem inicial, Marcos Laurindo correu para dentro de sua casa, sendo perseguido por Diogo Pereira.

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Já no interior da residência, o policial efetuou três disparos à queima-roupa contra a vítima, que veio a falecer no local diante de seus familiares e da criança de dois anos.

O MPPE informou que, durante a investigação, os policiais militares inicialmente alegaram que Marcos Laurindo havia resistido à abordagem e atirado contra a viatura. Contudo, essa narrativa foi refutada pela Polícia Civil com base em evidências coletadas no local do crime e nos depoimentos de testemunhas.

A investigação também constatou que Paulo Sérgio não teve um papel direto na execução de Marcos Laurindo, mas prestou declarações falsas durante a investigação para corroborar a versão de Diogo Pereira de Barros.