O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o modo como seu governo conduz a política econômica e destacou que a maior e mais importante questão brasileira continua sendo a desigualdade social.
As falas foram feitas no encerramento da 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS, ou Conselhão), nesta quinta, 27 junho.
📲Entre no nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias do Portal de Prefeitura no seu celular
Continua após a publicidade:
Ao tratar de polêmicas surgidas nos últimos dias em torno de temas econômicos, como a alta do dólar ou controle de gastos governamentais, Lula afirmou que a real tensão se dá entre o excesso de posses de uma minoria e a precariedade de recursos de que dispõem as maiorias.
“É possível distensionar a ganância por acúmulo de riquezas de alguns e tentar repartir um pouco do pão produzido neste País”, afirmou Lula. O presidente, por duas vezes, havia provocado a plateia com exemplos que demonstram que distribuição de renda não é um ideal exclusivamente socialista ou comunista. Entre os mais de 200 integrante do Conselhão estão empresários e representantes do setor financeiro.
LULA CITA MARX OU FORD?
“Nós queremos que cada trabalhador e cada trabalhadora possa consumir aquilo que produz. Não é o Marx que disse isso”, prosseguiu, em referência ao teórico alemão Karl Marx, ideólogo do comunismo.
“É Henry Ford. Ele que dizia isso”, completou, citando o idealizador da linha de montagem que popularizou o modelo T, carro que transformou a Ford em uma das maiores companhias automobilísticas da história.
Um pouco mais adiante, ao fazer referência a Cuba e Rússia – países onde houve processo revolucionário socialista – Lula afirmou que seu modelo de desenvolvimento é outro.
Continua após a publicidade:
“Vocês acham que eu quero um país igual à Rússia, igual à Cuba? Não, eu quero um país com padrão de vida igual à Suécia, à Dinamarca, à Alemanha”, disse, citando países que adotaram modelo social democrata de distribuição de renda.
“É este o país que eu sonho para os trabalhadores”, completou.
“Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, desemprego, prostituição, desnutrição, analfabetismo. Pouco dinheiro na mão de muitos significa exatamente o contrário: mais educação, mais saúde, melhor transporte, mais salário”, afirmou também o presidente.
Quase ao final de seu discurso, feito de improviso, Lula foi aplaudido de pé ao afirmar que está confiante que seu terceiro mandato terá sucesso.
Rememorando os índices de aprovação de seu segundo mandato em 2010, o presidente argumentou:
Continua após a publicidade:
“Eu só voltei porque tenho consciência que vai dar certo este pais. Eu jamais voltaria a ser presidente da República, depois de ter saído com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim. Eu voltaria para quê? Porque este País estava precisando de alguém que cuidasse desse povo. De alguém que olhasse com um pouco de carinho para as pessoas que não tiveram a mesma chance que eu”.