O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou que seu modelo de desenvolvimento seja o socialismo como de Rússia e Cuba, fez referência ao capitalista Henry Ford e disse que quer um país com padrão de vida igual à Suécia, à Dinamarca, à Alemanha.
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As falas foram feitas no encerramento da 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS, ou Conselhão), nesta quinta, 27 junho.
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“Vocês acham que eu quero um país igual à Rússia, igual à Cuba? Não, eu quero um país com padrão de vida igual à Suécia, à Dinamarca, à Alemanha”, disse, citando países que adotaram modelo social democrata de distribuição de renda.
“É este o país que eu sonho para os trabalhadores”, completou.
O presidente também citou o capitalista, Harry Ford, idealizador da linha de montagem que popularizou o modelo T, carro que transformou a Ford em uma das maiores companhias automobilísticas da história.
“Nós queremos que cada trabalhador e cada trabalhadora possa consumir aquilo que produz. Não é o Marx que disse isso”, prosseguiu, em referência ao teórico alemão Karl Marx, ideólogo do comunismo.
“É Henry Ford. Ele que dizia isso”, completou, citando o idealizador da linha de montagem que popularizou o modelo T, carro que transformou a Ford em uma das maiores companhias automobilísticas da história.
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Ao tratar de polêmicas surgidas nos últimos dias em torno de temas econômicos, como a alta do dólar ou controle de gastos governamentais, Lula afirmou que a real tensão se dá entre o excesso de posses de uma minoria e a precariedade de recursos de que dispõem as maiorias.
“É possível distensionar a ganância por acúmulo de riquezas de alguns e tentar repartir um pouco do pão produzido neste País”, afirmou Lula. O presidente, por duas vezes, havia provocado a plateia com exemplos que demonstram que distribuição de renda não é um ideal exclusivamente socialista ou comunista. Entre os mais de 200 integrante do Conselhão estão empresários e representantes do setor financeiro.
LULA SOBRE SEU 3° MANDATO
Quase ao final de seu discurso, feito de improviso, Lula foi aplaudido de pé ao afirmar que está confiante que seu terceiro mandato terá sucesso.
Rememorando os índices de aprovação de seu segundo mandato em 2010, o presidente argumentou:
“Eu só voltei porque tenho consciência que vai dar certo este pais. Eu jamais voltaria a ser presidente da República, depois de ter saído com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim. Eu voltaria para quê? Porque este País estava precisando de alguém que cuidasse desse povo. De alguém que olhasse com um pouco de carinho para as pessoas que não tiveram a mesma chance que eu”.
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