Na quarta-feira, 12 de junho, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto de lei de autoria de Sóstenes Cavalcante (PL) que equipara o aborto de uma gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio simples. O texto reúne mais de 30 assinaturas, incluindo a do deputado federal pernambucano Pastor Eurico (PL)

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Atual presidente da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, o deputado declarou que, sobre aborto, na bancada evangélica “prevalece a inegociação”.

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A aprovação da urgência do projeto de lei que equipara ao crime de homicídio o aborto realizado após 22 semanas de gestação durou apenas cinco segundos na Câmara dos Deputados.

Durante a abertura da deliberação, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), não disse qual era o número e a ementa do requerimento que foi apreciado, de forma simbólica.

Após a aprovação do projeto de lei, alguns parlamentares sequer perceberam o que estava sendo definido. A celeridade gerou reclamações do PSOL e do PCdoB, que são contrários à iniciativa.

De acordo com Lira, a urgência foi votada de forma simbólica após um acordo dos líderes partidários da base governista e da oposição.

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Com a urgência aprovada, a matéria é analisada diretamente no plenário, sem precisar passar antes por discussões em comissões temáticas da Câmara. A expectativa do autor da proposta, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e do presidente da FPE, Eli Borges (PL-TO), é que o mérito seja votado na semana que vem. Contudo, ainda há indefinição quanto à data. O governo negocia por uma alteração no texto, por considerá-lo muito duro e aponta que o acordo seria só para a urgência.