O primeiro turno das eleições brasileiras em 2018 acontecem no dia 07 de outubro. Serão para escolher o(a) Presidente da República, governadores(as), senadores(as) e deputados(as). Apesar do guia eleitoral obrigatório em veículos de rádio e televisão ainda não ter começado, algumas emissoras realizaram debates e/ou entrevistas com sabatinas, mostrando a população que o período eleitoral já começou, e é preciso saber, no mínimo, quais são os candidatos.

Um ponto que chama atenção nesse período é ex-presidente Lula. De acordo com o estudo feito pelo Instituto MDA, divulgado hoje, ele venceria no segundo turno. A pesquisa compara o petista com os candidatos Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmim (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). Essa notícia me atraiu pelo fato de Lula estar preso pela Operação Lava-Jato desde o dia 7 de abril, quando se entregou à Polícia Federal, no Estado do Paraná. E apesar de ser confirmado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pedidos de impugnação à candidatura aparecem ao Tribunal Superior Eleitoral, como fez, por exemplo o vice-procurador geral eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros.

Diante desse cenário, acredito que, culpado ou não, o ex-presidente atrai muitos seguidores. Não há como negar a capacidade de atrair massas populares. Algo que não lembro de ter visto outro político conseguir impactar tanta gente da mesma maneira. Reconhecer esse mérito, não implica ser um eleitor do partido. Mas identificar que os cidadãos brasileiros têm uma conduta fanática em relação ao que lhe agrada. Colocando a política no mesmo setor de áreas como a religião. Aprendi que na religião recorremos ao sentimental e na política devemos usar a racionalidade.

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O povo brasileiro está confuso. Entretanto, os comportamentos impulsivos se tornaram rotineiros. Outro ponto importante são os debates. O significado real da palavra quer dizer ‘uma discussão entre duas ou mais pessoas, com o objetivo de expor e esclarecer opiniões. Contudo, pelos recentes acontecimentos, vejo que a ofensa está se sobrepondo. Gritos, xingamentos, acusações duvidosas ganham espaço. Como analiso que o público vive atualmente no fanatismo, as informações vão se espalhando para milhões de pessoas sem serem questionadas.

A consequência de tudo isso são os protestos (ou, como prefiro chamar, os pseudos-protestos). Por exemplo, as manifestações de 2013, durante a Copa das Confederações de Futebol, até hoje, não ficou claro para mim. Inicialmente, as reclamações eram sobre as denúncias de superfaturamento nas obras envolvendo o campeonato e a
também a Copa do Mundo. De repente, virou contra o aumento das passagens de ônibus. Um tema se misturou no outro e conclui que muitos estavam nas ruas pra “seguir o passo”. A falta de explicação ocasiona a ausência da informação.

Sobre o autor: 

Robert Sarmento é formado no curso técnico de Rádio e TV e estudante de jornalismo. Foi colaborador do site Torcedores.com; já passou na Rádio Web Uninassau, Rádio SEI (Governo de Pernambuco) e é estagiário da TV Jornal. Tendo passado pelo programa ‘Por Dentro com Cardinot’ e, atualmente, integrando a equipe do ‘Replay’.